Abstract

Resumo Este artigo trata da operacionalização das normas sociais por meio dos discursos institucionais de duas escolas do ensino fundamental II nas capitais São Paulo e Salvador. Nas interações cotidianas, os atores institucionais põem e explicam as regras de gênero nas quais as pessoas se apoiam para construir sua identidade e conduzir a vida. Sobressai uma discussão acerca das mudanças comportamentais de meninas na contemporaneidade, situando conteúdos normativos e valorativos implicados nos constrangimentos morais que permeiam as relações cotidianas entre direção, inspetoras de disciplina, professores e as estudantes. Esse intricado processo de regulação do comportamento feminino é condicionado por uma visão adultocêntrica e alarmista sobre as dinâmicas de construção da identidade de gênero entre adolescentes. As etnografias ainda permitem vislumbrar como as especificidades contextuais podem contribuir na polarização de modos de ser menina ou no alargamento de possibilidades dentro do espectro de feminilidade boa/má.

Highlights

  • Associada à imagem social da adolescência/juventude como uma fase transitória, de preparação para a vida adulta, está a compreensão da instabilidade juvenil

  • A experimentação é interpretada como desregramento e incapacidade de gerir a própria vida

  • Em “Folk devils and moral panics”, Cohen (2011) emprega esse conceito para definir as reações dos meios de comunicação, do público, de políticos e agentes de controle social ao “desvio” jovem

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Summary

Introduction

Associada à imagem social da adolescência/juventude como uma fase transitória, de preparação para a vida adulta, está a compreensão da instabilidade juvenil. A literatura sobre sexualidade juvenil já argumenta há algum tempo que incutir o medo de doenças e/ou gravidez indesejada e discordar continuamente do interesse dos jovens pelo assunto, reiterando que eles “estão muito novos para pensar nessas coisas”, não são estratégias de educação sexual profícuas nem atraentes para os adolescentes (Knauth, Heilborn, Bozon, & Aquino, 2006; Louro, 2008; Cabral & Heilborn, 2010).

Results
Conclusion

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