Abstract
Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Argentina compartilham os rios Paraguai, Uruguai e Paraná e as águas subterrâneas do Sistema Aquífero Integrado Guarani/Serra Geral, que compõem a bacia do Prata. Os usos dessas águas envolvem diferentes escalas de poder especialmente pelo agronegócio, o qual estabeleceu fronteiras agrárias configurando novos territórios. Tomando os conceitos de território e escala como ferramentas intelectuais metodológicas, este artigo faz uso de pesquisa bibliográfica e documental, explicitando os resultados territoriais das disputas ao longo dos processos de apropriação da água como recurso, evidenciando que a lógica mercantilista produz alterações na paisagem local, forjando conflitos na organização social do território.
Highlights
Argentina, Bolivia, Brazil, Paraguay and Uruguay, share the Paraná, Paraguay and Uruguay rivers and the groundwater of the Guarani/Serra Geral Integrated Aquifer System (SAIG/SG), that compose the Basin Plata
Os tempos e espaços globalizados e tecnológicos têm, direta ou indiretamente, influenciado em todos os aspectos da vida geopolítica, sociocultural, ambiental e econômica
Para discutir os problemas ambientais e, buscar soluções, várias reuniões internacionais e estudos técnicos têm sido realizados pelos países platinos
Summary
Os tempos e espaços globalizados e tecnológicos têm, direta ou indiretamente, influenciado em todos os aspectos da vida geopolítica, sociocultural, ambiental e econômica. A margem direita do rio Paraguai, na região Chaquenha, concentra a área agrícola que foi mantida estável, embora nos últimos anos observou-se uma diminuição na área ocupada para esta atividade, devido à grande expansão do gado no centro do Chaco e secas frequentes. Emergem conflitos territoriais, pelo confronto entre grandes grupos agroindustriais e suas infraestruturas, as populações locais e as organizações não governamentais, forças sociais antagônicas devido às formas de uso da terra e da água para produzir no território. Como mais um exemplo de que em muitos espaços da bacia a legislação não protege o povo e seus recursos naturais, Schlesinger (2014) denuncia que as maiores ameaças ao Pantanal hoje estão nas áreas de planalto e são oriundas das monoculturas, pecuária, mineração, hidrelétricas e siderurgia - todo o aparato estrutural promovido pelo Estado para promover a expansão capitalista. Dessa forma, os nexos entre produção de grãos e carne atraem empresários dessa área, forjando novos territórios nos países, pois as empresas desse ramo migram conforme a disponibilidade dos insumos
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