Abstract
RESUMO Analisando-se a situação da saúde no Brasil, é perceptível o reforço de uma lógica que torna o direito a ela refém da dinâmica do capitalismo contemporâneo. Nesta perspectiva, destaca-se a renúncia de arrecadação fiscal em saúde no Estado brasileiro, trazendo as renúncias fiscais decorrentes da dedução dos gastos com planos de saúde e símiles no imposto de renda, como também as concessões fiscais às entidades privadas sem fins lucrativos (hospitais filantrópicos) e à indústria químico-farmacêutica. Assim, este artigo realiza uma crítica a estes dispositivos legais, que acentuam a relação de subserviência do Estado à lógica do capital, identificando, socio-historicamente, como tais formas vêm dilapidando, direta e indiretamente, o financiamento do Sistema Único de Saúde.
Highlights
The largest contradiction expressed by the Brazilian juridical framework is possibly the public-private amalgamation in the health sector
It is in this apparent paradox that the State reinforces the logic of the capital and makes health a hostage of contemporary capitalism
The argument adopted in this paper considers that taxes return is a ‘juridical form’ that is necessary for the very reproduction of capital inside the State
Summary
The largest contradiction expressed by the Brazilian juridical framework is possibly the public-private amalgamation in the health sector. The political-juridical forms of the State in contemporary capitalism and fiscal waivers in health 355
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