Abstract

Este texto reflete acerca da etnografia como metodologia que permite a construção de saberes locais com e sobre as crianças. Problematiza, a partir das práticas culturais e locais no contexto da escola de samba, a etnografia com crianças como uma metodologia útil e uma epistemologia que permite a produção de conhecimentos que reconhecem as crianças como sujeitos de direitos que participam de convívio coletivo marcado pela intergeracionalidade. Parte-se da pesquisa realizada sobre o carnaval na cidade de Florianópolis/SC e, especificamente, do “projeto mirim de casais de mestre sala e porta bandeira” da Escola de Samba Embaixada Copa Lord, localizada na comunidade do Morro da Caixa, região central da cidade, em que a proximidade com as crianças e adultos permitiu conhecer o lugar das crianças na interioridade das práticas ali existentes. Nesse texto escolhemos refletir sobre o aprimoramento do fazer etnográfico, identificando de que forma o tempo, as relações e as escolha das “técnicas” e recursos ocorrem no processo da pesquisa com crianças, em um esforço de interseccionar a etnografia pelo campo da Antropologia, colocando-a em diálogo com os Estudos da Infância e procurando conhecer as crianças a partir dos contextos locais onde constituem seus modos de vida.

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