Abstract
O artigo tem como objetivo identificar as principais características da estrutura financeira brasileira usando a abordagem histórico-institucional, as alterações legais e discussões sobre suas transformações recentes. As conclusões indicam predomínio do crédito público para financiamento de longo prazo no investimento das firmas e pessoas físicas, aliado ao autofinanciamento por retenção de lucros. Nos anos 2000 o crédito público foi fortalecido devido à crise financeira internacional (2007-...), como parte de uma política anticíclica para manter a demanda aquecida e auxiliar as empresas a financiar os investimentos. No período de crescimento entre 2004 e 2008 foi possível identificar a participação das grandes empresas do mercado de capitais em produtos financeiros como forma de angariar recursos para valorização e investimentos. Entretanto, as grandes firmas se mantêm dependentes dos recursos dos bancos públicos e simpáticas à especulação e a assumir riscos elevados, revelados com a crise.
Highlights
The objectives of this paper is to identify the main characteristics of the Brazilian financial structure
As duas primeiras focam na melhor estrutura dominante
Busca introduzir objetivos exógenos de eficiência e estabilidade, mas condicionados a outros, endógenos, como a estrutura institucional e particularidades nacionais
Summary
Ações comuns e preferenciais da interação dos agentes que envolvem aspectos sobre desenvolvimento de conhecimento, tecnologia, atores, demanda, instituições, capacidade de aprendizado, trajetória das tecnologias (Malerba, 2006). Nos anos 1970, o governo militar vislumbrava aprofundar o processo de industrialização aproveitando o enfrentamento proativo da crise internacional que se materializava com os choques do petróleo (1973 e 1979), crises financeiras, comprometimento do crescimento e políticas retracionistas nos países centrais.Assim,foi lançado o II Plano Nacional de Desenvolvimento – ou II PND que entre 1975 e 1979 buscava estimular a produção de insumos básicos, bens de capital, alimentos e energia, lançando o país para uma nova fase na industrialização. Existia um elemento crônico de fragilidade financeira que se materializava nos anos 1980, quando a política monetária norte-americana mudou de viés e passou a combater a inflação através do aumento das taxas de juros.A nova política levou a atração de capital para os EUA e ao aumento do custo do endividamento dos países periféricos como Brasil, redundando na aceleração da inflação, baixo crescimento e crise de endividamento externo. Na década de 1990, a destruição da estrutura institucional do modelo com a redução da intervenção estatal, abertura financeira e comercial, favorecendo a primarização da estrutura econô-
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