Abstract

O debate sobre o distanciamento entre Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) ganhou corpo na eleição de 2006, quando a popularidade de Lula e de seu governo não se estendeu ao PT, como seria esperado. Pela primeira vez o partido não melhorou o desempenho na votação para a Câmara dos Deputados em relação à eleição anterior. Analisamos as bases eleitorais de Lula e do PT nas quatro últimas eleições para presidente e deputado federal (1994-2006), e comprovamos o distanciamento entre elas. Pesquisamos a distribuição espacial das votações ao nível do município com mapas, estatísticas e regressões espaciais. Identificamos o "descolamento" dos territórios eleitorais do candidato e do partido a cada eleição, e as regressões espaciais mediram a crescente independência espaço-temporal das votações: os coeficientes baixaram de 0,85 em 1994, para 0,15 em 2006. Houve um processo de distanciamento geossocial, no período de 1994 a 2002, e um "divórcio" entre as bases eleitorais, em 2006, quando se formaram territórios de configurações praticamente irrelacionadas.

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