Abstract

Jung definiu “arquétipo” como um conjunto de imagens primordiais oriundas da repetição sucessiva de uma mesma experiência e armazenadas no inconsciente coletivo, uma profunda camada da psique humana e inata ao indivíduo. Segundo o autor, não se trata de um termo novo, pois aparece na Antiguidade Clássica como sinônimo de “ideia” em Platão. Em 2007, Kellehear debruçou-se sobre a tentativa de delinear distintos arquétipos de morte no decurso da história, investigando características sociais por trás de múltiplas atitudes perante a finitude. O autor defende que houve maneiras de morrer típicas e dominantes em épocas específicas, que resguardavam características morais e eram encobertas por estilos de conduta na morte. Com base no conceito de Jung e nas investigações de Kellehear, o presente artigo destina-se a ilustrar três arquétipos de morte a partir de uma breve compilação de imagens – a morte domada medieval, a morte romântica e a morte selvagem moderna –, traçar possíveis diálogos entre eles e, por fim, propor a seguinte pergunta: qual seria o arquétipo de morte do século XXI?

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