Abstract

Vestígios arqueológicos da Tradição São Francisco tem sido recorrentemente encontrados na parte meridional do estado de Minas Gerais e na Zona da Mata mineira, a exemplo do sítio arqueológico Toca do Índio (Chiador, MG), ponto focal do presente artigo, cujo objetivo é interpretar o aludido sítio arqueológico a partir de uma relação dialógica entre a abordagem geossistêmica e a arqueologia da paisagem. Os resultados apontaram relações com as paisagens regionais dadas pela posição da caverna em um sítio estratégico, funcionando como um mirante que desvela uma ampla visada regional numa época em que uma vicejante cobertura de florestas semidecíduas que se colocava como elemento de dificuldade para deslocamentos e observações. O sítio em apreço, por sua vez, ostenta inscrições rupestres que consorciam figuras abstratas e alguns elementos zoomorfos recorrentemente encontrados nas pinturas da Tradição São Francisco; horizonte cultural cuja filiação dos vestígios encontrados é mais provável. Constatou-se ainda que o sítio apresenta considerável rol de ameaças naturais e antrópicas, urgindo assim práticas conservacionistas capazes de proteger o local e seu entorno.

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