Abstract

O mote da IV Semana Internacional de Arqueologia Discentes MAE/USP girou entorno da pluralização de debates a partir de perspectivas que enfatizassem a preocupação com contextos sociais e culturais marginalizados pelas sociedades, pelos estudos, pelas instituições etc. A periferia se tornou centro e as discussões foram construídas a partir de problemas de sujeitos e contextos esquecidos e apagados. Assim, enfatizamos a importância de falar sobre os que estão às margens, mas mais ainda sobre a importância de deixar que eles mesmos falassem e de criar possibilidades para que suas vozes sejam ouvidas. A mesa "Arqueologias Quilombolas" promoveu o debate entre diferentes perspectivas e a presença de Silvio Campos, junto às demais pesquisadoras, confirma a urgência de repensarmos nossas estruturas universitárias hierárquicas. Nós precisamos promover e valorizar outras formas de produção de conhecimento e perceber que sempre temos muito a ensinar, mas temos muito mais a aprender com os outros. Silvio nos ensinou sobre sua comunidade a partir de suas narrativas, saberes e vivências. Depois de sua participação na mesa conversamos um pouco mais com ele sobre sua vida, sua comunidade e a Arqueologia. A entrevista que se segue apresenta alguns dos pontos por nós discutidos.

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