Abstract

O objetivo deste trabalho foi avaliar a transferência de imunidade passiva de cabras, que pariram com mastite, para seus respectivos cabritos. Os animais foram distribuídos em dois grupos, a saber: grupo 1 (GI), constituído por cabritos, filhos de cabras sem isolamento microbiológico em ambas as glândulas mamárias, e grupo 2 (GII), composto por cabritos, filhos de cabras com resultado positivo à lactocultura, em pelo menos uma das glândulas mamárias. Foram coletadas amostras de colostro e sangue à parição, bem como às 24 e às 48 horas após o parto/nascimento. O diagnóstico e o monitoramento da mastite nos animais foram realizados por meio do California Mastitis Test (CMT), contagem de células somáticas e isolamento microbiológico. A proteína total foi mensurada pelo método do biureto, e as concentrações de imunoglobulina A (IgA), imunoglobulina G (IgG), transferrina, albumina e haptoglobina por meio da eletrofoerese em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE). Os agentes mais isolados na cultura microbiológica foram os Staphylococcus coagulase negativa. Não houve diferença significativa (P<0,05) entre os valores médios de imunoglobulina G (IgG) nos cabritos provenientes de cabras com mastite quando comparados aos recém-nascidos oriundos de cabras livres de infecções intramamárias. Da mesma forma, a atividade de gamaglutamiltransferase (GGT) não mostrou diferença entre os grupos em todos os momentos avaliados. A ingestão de colostro decorrente de cabras com mastite não causou falha na transferência de imunidade passiva nos respectivos conceptos.

Highlights

  • The aim of this study was to evaluate the transfer of passive immunity goats kidded with mastitis to their kids

  • De acordo com Feitosa et al (2001), as determinações das concentrações séricas de proteína total, das frações beta e gamaglobulinas e das imunoglobulinas G e M, bem como da atividade enzimática da gamaglutamiltransferase (GGT), mostram-se eficientes para o reconhecimento de animais que apresentam falha na transferência de imunidade passiva

  • Os valores observados na células somáticas (CCS) neste estudo não corroboram os relatados por Moreno-India et al (2012), que encontraram valores superiores na primeira hora pós-parto (3.703 x 103 células/mL) em animais sem infecções intramamárias

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Summary

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizadas 20 fêmeas caprinas das raças Saanen e Pardo Alpina, em fase puerperal, provenientes de propriedade localizada no município de São José do Rio Preto, estado de São Paulo. As amostras de colostro provenientes das metades mamárias das fêmeas caprinas recémparidas foram obtidas por ordenha manual logo após a parição, bem como às 24 e às 48 horas pós-parto. Posteriormente, usando amostras provenientes das colônias, foram realizados esfregaços corados ao Gram, para análise das características micromorfológicas dos microrganismos, prosseguindo-se com os testes bioquímicos para identificação do agente de acordo com o protocolo preconizado por Quinn et al (1994). As amostras de sangue foram obtidas dos cabritos neonatos por meio de punção da veia jugular, utilizando sistema a vácuo, em um tubo siliconizado, com o uso de agulha para múltiplas coletas (25mm X 8mm) do sistema Vacutainer® (Vacutainer, Bencton Dickinson, Franklin Lakes, USA). Todos os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso Animal (CEUA), sob protocolo de número 201301450

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Fração proteica
GGT x PPT
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