Abstract
The paper addresses the phenomenon called “Batalha do Passinho”, a “challenge” among young dancers of the musical genre funk carioca, who gained visibility through choreographies shot on mobile phones and disseminated on YouTube. Departing from this case, we intend, first, to discuss the mediation role of mobile and locative media such as mobile phones articulated with musical platforms such as YouTube, producing some reconfigurations of the funk scene, besides its new links with other “peripherical” musical scenes, such as the technomelody scene from Pará. Further, the paper seeks to discuss the consequences of this mixture to the stability of the notion of genre, which seems to be in a moment of intense destabilization as a result of creative appropriation that occurs in social networks, resulting in the emergence of a “Peripheric” Popular Music network. Keywords: funk carioca genre, YouTube, mobile phones.
Highlights
Esta é a mistura de frevo com funk, esta é a mistura do frevo com funk (Refrão do “Passinho do Menor da Favela”, Vakão e Sabará)
Numa breve descrição do fenômeno, trata-se de um “desafio” entre jovens moradores de favelas e comunidades da cidade do Rio de Janeiro que executam passos de dança complexos, misturando a coreografia do funk a outros gêneros tais como o frevo, o tango e/ou o passo moonwalk de Michael Jackson, dançados ao som de celulares e gravados e editados de maneira amadora
Coreografias de atores “comuns” compartilhadas através das redes sociais são hoje um dos maiores fenômenos da cultura do entretenimento nas plataformas digitais, constituindo uma categoria de vídeos ainda pouco contemplada nos estudos do audiovisual
Summary
Definitivamente à medida que vamos desplugando nossas máquinas de fios e cabos, à medida que redes de telefonia celular, bluetooth, RFID ou Wi-Fi fazem das nossas cidades máquinas comunicantes desplugadas e sem fio, paradoxalmente, vamos criando projetos que buscam exatamente o contrário, territorialização, ancoragem no espaço físico, acoplagem a coisas, lugares, objetos... (Lemos, 2007, p. 135). Sintetizando a discussão, podemos assim afirmar que as mídias móveis e locativas contribuem para a reconfiguração da nossa relação com o espaço e o território em pelo menos três aspectos: (i) Transformando espaços abstratos em lugares simbolicamente significativos; (ii) Ampliando a conexão e os usos comunitários; (iii) Permitindo vivências diferenciadas e apropriações singulares do espaço urbano. Ao mesmo tempo o celular conectado à internet vai registrar a performance e permitir que ela seja enviada para o YouTube, configurando assim este espaço como um território informacional constituído pela rede complexa e híbrida que conecta o território local e a performance presencial dos bailarinos à rede ampliada da Internet. E se um aspecto crucial dessa prática é o uso dos celulares com conexão à internet, que permite o envio quase imediato dos vídeos para o YouTube, passemos agora a refletir sobre algumas características dessa plataforma para entender melhor seu papel no processo
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