Abstract

Resumo Neste artigo, buscamos reconstruir as esferas públicas como uma categoria empírico-descritiva e normativa das pesquisas em gestão social. Nesse processo, revelamos que o conceito de esfera pública passou por críticas e reformulações nas obras de Habermas (1962; 1981; 1992) e que as concepções mais atuais abrangem uma pluralidade de públicos, interesses e opiniões, bem como dimensões conflitivas e potenciais opressivos. No que tange à escolha metodológica, este artigo é um ensaio teórico. Para a construção deste ensaio, foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica focada principalmente na literatura sobre “gestão social” e “esfera pública”. Identificamos várias lacunas e limitações nos entendimentos sobre esfera pública pelos estudos do campo da gestão social e, considerando as limitações como processos de aprendizagem, buscamos avançar a partir de novos elementos. Argumentamos que, se considerarmos as esferas públicas como locus de pesquisas da gestão social (normativo e empírico-descritivo), é importante destacar que: (1) as esferas públicas são locus de consensos e conflitos; (2) podem tanto se constituírem concretamente de elementos democráticos e emancipatórios quanto opressivos; (3) são formadas por uma diversidade de públicos (e contrapúblicos) com diferentes “capacidades” de acesso e argumentação; (4) no Brasil, houve a formação de esferas públicas subalternas; (5) as características das formações de esferas públicas não podem ser importadas e (6) a efetividade das esferas públicas é influenciada por estruturas sistêmicas. Finalmente, mostramos que a reconstrução defende o potencial descritivo, normativo e crítico das esferas públicas, especialmente, se a pluralizamos e exploramos seu desenvolvimento a partir de Habermas, seus comentadores e críticos.

Highlights

  • For the German philosopher Jürgen Habermas, one of the roles of researchers is to diagnose social pathologies and seek the potential of emancipation to provide new ‘utopian energy’, discourses and actions

  • We argue that an advance is possible with the extension (Habermas callsreconstruction) of the category of “public sphere” to “public spheres”

  • Habermas stands out: “[...] it is noteworthy the impact of the formulation that Jürgen Habermas has attributed to such a concept since the 1960s, especially if we look how his construct was received in contemporary theories of

Read more

Summary

INTRODUCTION

For the German philosopher Jürgen Habermas, one of the roles of researchers is to diagnose social pathologies and seek the potential of emancipation to provide new ‘utopian energy’, discourses and actions. This article aims to contribute to social management, presenting new research possibilities, still based on the concept of public sphere and its reconstruction It seeks to answer the question: how can the public sphere, as understood by Habermas and considering its critics, be considered an empirical-descriptive and normative category of social management?. In addition to this introduction, the section of this article presents a section on the public sphere, highlighting the importance of the category and its structure in the works of Habermas, considering the criticisms and advances This is followed by the discussions about the public sphere in social management, and our contributions to this debate with various arguments in view of the intended reconstruction. We present our “point of arrival” (or new “starting point”), the limitations, the considered validity criteria and a research agenda

From Public Sphere to Public Spheres
Public Sphere and Social Management
Texts presenting criticisms
Rebuilding public spheres in social management
FINAL CONSIDERATIONS
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call