Abstract

A informação fóssil mostra que a diversidade em espécies aumentou paulatinamente desde a emergência da vida há cerca de 3.500 milhões de anos. O número de espécies de plantas terrestres progrediu num crescendo inexorável, pontualmente interrompido por catástrofes naturais, desde a sua evolução, algures nas margens de um curso de água doce no Carbónico Superior/Ordovícico inferior. Nunca coexistiram tantas espécies de seres vivos e de plantas no planeta Terra como no Holocénico (últimos 11.500 anos). Quer isto dizer que, em média, a taxa de especiação foi naturalmente superior à taxa de extinção, ainda que permeada por eventos catastróficos. Em ciência, os conceitos são mais ou menos consistentes, e as teorias e as hipóteses corroboradas (confirmadas) ou refutadas (eliminadas) com base na evidência observacional e/ou experimental. Cientistas e não cientistas são livres de propor explicações alternativas, porém, em ciência, ninguém escapa à tirania dos factos: quem desafia uma hipótese ou uma teoria tem de provar que os dados que as sustentam estão errados ou propor explanações alternativas plausíveis, que compreendam toda a evidência disponível. A rejeição em definitivo de uma teoria depende do escrupuloso cumprimento de uma destas duas condições. Numa época de relativização da evidência e da ciência e, em particular, da ciência da biodiversidade, é crucial ter presente que o formidável corpo de observações acumulado na última década mostra, de forma perentória, que o biota terrestre enfrenta uma nova extinção em massa, desta vez mediada por uma espécie invulgarmente sucedida: o homem.

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