Abstract

A técnica de criação de larvas de abelhas Apis mellifera em laboratório tem sido utilizada freqüentemente em estudos de desenvolvimento larval, determinação de castas e, mais recentemente, em testes de patogênese. A quantidade e a qualidade do alimento fornecido às larvas em laboratório podem levar à formação de castas diferentes (rainha, operárias ou intercastas). Neste trabalho, crias de abelhas africanizadas foram desenvolvidas a partir de larvas de 18-24 horas de idade até atingir a fase adulta, utilizando-se durante a alimentação, 4, 15, 25, 50 e 70 µl de dieta por larva, respectivamente, do primeiro ao quinto dia de alimentação. Para determinar se as abelhas adultas obtidas em laboratório eram pertencentes à casta de operárias, de rainhas ou se eram intermediárias (intercastas), foram comparadas com um controle constituído por operárias e rainhas da mesma origem das operárias desenvolvidas no laboratório, utilizando-se o peso e as medidas dos seguintes caracteres: a) comprimento da cabeça; b) largura da cabeça; c) comprimento do olho composto; d) largura do olho composto; e) comprimento do mesoscuto; f) largura do mesoscuto; g) comprimento da tíbia; h) largura da tíbia. Foram utilizadas a Função Discriminante de Anderson e a técnica de Componentes Principais, de modo a efetuar a discriminação das castas das abelhas adultas obtidas em laboratório em relação àquelas desenvolvidas naturalmente. Entre os caracteres avaliados, os que menos contribuíram para a determinação das castas foram o comprimento do mesoscuto e a largura da cabeça, sendo, portanto, dispensáveis em estudos futuros.

Highlights

  • Apis mellifera honeybee brood rearing in laboratory conditions has been frequentely used to search for larval development, caste determination, and more recently for tests of pathogenesis

  • Esta diferenciação em rainha ou operária depende dos níveis de hormônio juvenil durante o período sensitivo do desenvolvimento larval (Wilde & Beetsma, 1982)

  • A produção deste hormônio está relacionada à quantidade e à composição do alimento larval (Asencot & Lensky, 1977)

Read more

Summary

Material e Métodos

A criação de abelhas em laboratório, a partir de larvas de 18 a 24 horas, até a idade adulta, foi desenvolvida segundo metodologia de Vandenberg & Shimanuki (1987), modificada por Silva (1995). Para determinar a casta das abelhas desenvolvidas em laboratório, foram utilizados procedimentos de análise multivariada por meio da Função Discriminante de Anderson e da Técnica dos Componentes Principais. Como a determinação de castas não é um caráter simples, julgou-se apropriada a classificação dos indivíduos obtidos em laboratório, por meio de funções discriminantes que considerem, simultaneamente, os caracteres comprimento da cabeça, largura da cabeça, comprimento do olho composto, largura do olho composto, comprimento do mesoscuto, largura do mesoscuto, comprimento da tíbia, largura da tíbia e peso do indivíduo recém-emergido. Tanto as variáveis das abelhas, obtidas em laboratório, quanto as das operárias e rainhas obtidas em condições naturais, foram utilizadas para a obtenção da matriz de correlação (R). Após a determinação do número de componentes que envolvem um mínimo de 80% da variação, foram estimados os escores, para cada abelha, relativos aos primeiros Componentes Principais. Todas as análises estatísticas foram realizadas por intermédio do aplicativo computacional GENES (Cruz, 2001)

Resultados e Discussão
Operária Worker
CM LM
Findings
Literatura Citada
Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call