Abstract

Neste trabalho, objetivou-se estudar a anatomia foliar de Oenocarpus bacaba Mart., O. distichus Mart., O. mapora H. Karst. e O. minor Mart., visando verificar se existem entre as espécies diferenças anatômicas qualitativas úteis a sua delimitação taxonômica. Observou-se que as pinas de todos os representantes são anfiestomáticas e apresentam tecido epidérmico heteromórfico revestido por cutícula lisa, sobre a qual há depósitos de cera epicuticular nas formas filamentosas de extremidade gancheiforme e em placas retangulares; possuem estômatos tetracíticos e tricomas tectores bifilamentosos. O mesofilo é dorsiventral com braquiesclereídes, estruturas secretoras de mucilagem e feixes vasculares colaterais secundários e terciários, para os secundários diagnosticou-se quatro tipos, sendo o tipo III, com três vasos metaxilemáticos, o único comum às espécies. Características como: estômatos ciclocíticos; número de estratos do tecido de expansão; formas da nervura central e margem das pinas, mostraram-se peculiares a determinados taxa. Para o axis foliar, constatou-se que a forma e organização celulares do tecido parenquimático, nas regiões central e mediana, difere entre as espécies. Elaborou-se uma chave de identificação anatômica para as espécies de Oenocarpus Mart. analisadas, demonstrando que há entre estas diferenças estruturais significativas a nível qualitativo.

Highlights

  • Leaf anatomy applied to the taxonomy of Amazonian species

  • in order to verify if there are qualitative anatomical features

  • shape of midrib and edge were peculiar to some taxa

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Summary

Material e métodos

As espécies de Oenocarpus Mart. estudadas foram coletadas em duas áreas do município de Belém, Estado do Pará: no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e na Área de Proteção Ecológica do Guamá (APEG). Representação esquemática das secções realizadas nas folhas das espécies de Oenocarpus Mart. Amostras das regiões foliares acima citadas foram submetidas ao amolecimento de acordo com Carlquist (1982) e após desidratação, infiltração e inclusão em parafina histológica segundo Johansen (1940), foram seccionadas em micrótomo rotativo na espessura de 20 μm, coradas segundo o mesmo autor e montadas em bálsamo-do-canadá entre lâmina e lamínula. Para o estudo da epiderme, secções das pinas foram fervidas em solução aquosa de ácido nítrico 20% por 30 minutos, seguindo-se a coloração, desidratação e pósdesidratação de Kraus & Arduin (1997), com montagem em bálsamo-do-canadá entre lâmina e lamínula. Para o exame em microscopia eletrônica de varredura (MEV), amostras foliares desidratadas foram processadas em secador de ponto crítico, montadas em suportes metálicos e metalizadas com ouro com 20 nm de espessura por 150 segundos em corrente de 25 mA. A descrição dos dados anatômicos obtidos seguiu a terminologia adotada por Tomlinson (1961; 1990), Metcalfe & Chalk (1979) e Fahn (1990)

Resultados e discussão
Referências bibliográficas
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