Abstract

O presente artigo tem como objetivo discutir algumas das principais questões envolvidas na investigação das relações entre mecanismos antecipatórios e processamento da linguagem. Através da revisão da literatura das últimas duas décadas, apresentamos evidência de que o processamento linguístico é, por vezes, guiado por processos de antecipação, e que uma proposta meramente integrativa não é capaz de explicar os dados apresentados. Embora não tratemos de quão central são os processos antecipatórios para a compreensão da linguagem, argumentamos que o estudo de um potencial elétrico relacionado a eventos linguísticos – uma positividade frontal tardia – pode ajudar a responder uma série de questões que envolvem como, quando e o que se antecipa durante o processamento linguístico.

Highlights

  • A matéria publicada nesse periódico é licenciada sob forma de uma Licença Creative Commons – Atribuição 4.0 Internacional http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

  • By reviewing studies from the last two decades, we present evidence that linguistic processing is sometimes guided by anticipation mechanisms and, therefore, a solely integrative model cannot account for the presented data

  • Although we do not discuss how central these anticipatory processes are for language comprehension, we argue that the study of an event-related potential - a late frontal positivity - can be helpful in answering questions such as how, when and what we predict during language processing

Read more

Summary

Introdução

A ideia de que a antecipação seria um componente importante da arquitetura do processamento linguístico provém da noção intuitiva de que, frente a contextos altamente restritivos como na sentença “após ouvir os parabéns, o aniversariante assoprou as...”, nosso processador seria capaz de antecipar um item lexical específico – no caso, “vela” – ou, ao menos, alguns de seus traços lexicais. No caso dos experimentos que usam o paradigma do mundo visual, argumentase não haver evidência de processos de antecipação, pois uma explicação alternativa seria de que o sujeito seleciona, entre os referentes já apresentados na tela. Quanto a experimentos como os de Federmeier e Kutas (1999), uma explicação alternativa seria de que o processador integra com mais facilidade as palavras relacionadas ao contexto por causa de ativações feitas a partir dos itens lexicais e da imagem construída ao longo do discurso. Em todos esses trabalhos citados, não há, portanto, evidências empíricas que não possam ser explicadas por uma hipótese alternativa: a de que o processador não antecipa informações linguísticas, mas apenas as integra com mais facilidade a depender de um contexto prévio. Nos dedicamos a alguns dos pontos principais associados ao uso de ERPs nas perquisas sobre antecipação

N400 e antecipação
Positividade frontal tardia e antecipação
Conclusão
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call

Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.