Abstract

Este artigo busca estudar o fenômeno educacional dos museus a partir da análise sociológica da didática museal. Tomando por base a Teoria do Discurso Pedagógico de Basil Bernstein e, em especial, os conceitos de recontextualização e campo recontextualizador desse autor, o processo de produção do discurso expositivo de cinco museus de ciências foi estudado. Assumiu-se o discurso expositivo como uma modalidade de discurso pedagógico e buscou-se evidenciar o processo de recontextualização de vários discursos na produção da exposição, além de caracterizar os sujeitos pedagógicos que compõem o campo recontextualizador pedagógico dos museus estudados. Ao revelar os agentes e instâncias responsáveis pela recontextualização e a dinâmica existente entre eles, evidenciou-se as relações de poder entre sujeitos e campos de conhecimento envolvidos na produção do discurso expositivo. A análise, com foco na dimensão sociológica da didática museal, fornece elementos-chave para a compreensão das dinâmicas de seleção e de distribuição do poder na elaboração das ações educativas dos museus, colaborando na formação dos profissionais que atuam nesses locais e, por conseguinte, qualificando as atividades educativas por eles elaboradas.

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