Abstract

Este artigo apresenta os resultados de pesquisa primária que buscou analisar o impacto das alianças e redes estratégicas na conduta e no desempenho de empresas situadas em um grupo estratégico - entendido como conjunto de empresas que competem mais acirradamente entre si por terem compromissos semelhantes de escopos e recursos. Esta análise relacional foi realizada no âmbito de um estudo de casos múltiplos, em um setor do agronegócio brasileiro, com o auxílio do conceito de bloco estratégico - empresas estruturalmente semelhantes e mais densamente conectadas do que as demais na indústria, constituindo, assim, uma rede. Aplicaram-se indicadores pertinentes a estrutura, modalidade e composição de redes ao caso de empresas que constituíam, na indústria de suco de laranja, simultaneamente grupo e bloco estratégico. Os resultados mostraram que a análise relacional de grupos estratégicos complementa a análise tradicional - posicionamento ou resource-based - das implicações estratégicas de fatores organizacionais e macro-ambientais específicos às empresas do grupo. Também mostraram que as redes capacitam a empresa situada em um grupo estratégico a ultrapassar as barreiras intergrupais, na medida em que complementam capacidades, provêem acesso a informações relevantes, proporcionam economias de escala e ajudam a gerenciar riscos e incertezas.

Highlights

  • This paper presents the main results of primary research that aimed at analyzing the impact of strategic alliances and networks on the conduct and performance of firms in strategic groups – set of firms that compete more fiercely among each other because they have similar scope and resource commitments

  • Poucos têm focado os grupos estratégicos (Nohria e Garcia-Pont, 1991)

  • Este artigo compartilha os resultados de pesquisa primária que buscou contribuir a estas recentes investigações, ao analisar o impacto das alianças e redes estratégicas na conduta e no desempenho de empresas situadas em grupo estratégico – GE, ou seja, um grupo de empresas que competem mais acirradamente entre si do que com as demais na indústria

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Summary

Universo Pesquisado

A escolha do setor brasileiro do SPBI para a realização da pesquisa deveu-se a dois motivos. O segundo motivo foi que o setor SPBI oferecia um caso especial de GE que era, ao mesmo tempo, BE. Esta coincidência foi particularmente útil para a realização da pesquisa, já que envolveu confrontação de implicações estratégicas identificadas, respectivamente, pelas análises relacional e tradicional, dado que o conceito de BE se enquadra simultaneamente nas teorias de GE e de redes de relacionamento. Também se adotaram três outras delimitações na pesquisa de campo: (1) foco apenas nos produtores de SPBI no Estado de São Paulo, onde se concentrava 90% da produção comercial de laranja no país; (2) delimitação temporal a fins de 2001 - início de 2002, quando duas empresas no mercado nacional de SPBI - Citrovita e Cargill Citrus – formavam simultaneamente GE e BE; (3) delimitação às 4 empresas – Citrovita, Cargill Citrus, Hildebrand e Guacho Agropecuária - que realizavam o esmagamento da laranja em base constante e que se destacavam pelo número de parcerias com lacticinistas ou supermercados

Métodos de Pesquisa
Identificação dos GEs Atuantes na Indústria Brasileira de SPBI
Identificação das Barreiras de Mobilidade no Setor do SPBI
Resultados da Pesquisa no Âmbito das Alianças e Redes de Relacionamento
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Findings
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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