Abstract

O Brasil e outros quatro países detêm 90% dos casos de leishmaniose visceral, que é uma doença grave que acarreta óbito, se não tratada. Este estudo teve por objetivo identificar padrões espaciais de distribuição da leishmaniose visceral no estado do Tocantins, Brasil, de 2008 a 2011. Trata-se de estudo ecológico e exploratório com dados obtidos do Datasus e realizada análise por município. Foram estimados os índices de Moran global e construídos mapas temáticos das taxas por 100 mil habitantes, mapa de Moran e de Kernel. Foram georreferenciados 1778 casos de leishmaniose visceral representando uma taxa de 31,75 casos/100 mil habitantes sendo a taxa variou entre 0,00 e 343,16 por 100.000 habitantes com a microrregião de Araguaína, no norte do estado, a mais atingida. O índice de Moran foi Im = 0,20 (p-valor < 0,01). Constatou-se que as microrregiões com maior necessidade de intervenção são as de Araguaína e do Bico do Papagaio, onde foi identificada maior densidade de casos notificados por local de residência, assim como os municípios vizinhos a Juarina, pertencentes à microrregião de Miracema do Tocantins.

Highlights

  • Was found that the micro-regions most in need of intervention are the Araguaína and Parrot's Beak, which showed an increased density of cases reported by place of residence, as well as neighboring municipalities of Juarina in the micro-region of Miracema do Tocantins

  • A leishmaniose visceral (LV) é uma doença de grande significância epidemiológica por envolver espécies diferentes de parasitas Leishmania, comportamentos de vetores flebotomíneos, como o Lutzomyia longipalpis, hospedeiros e reservatórios em ambos os ciclos de transmissão (Dantas-Torres et al, 2006; Almeida et al, 2010)

  • Análise da informação sobre a leishmaniose visceral disponível em portais brasileiros da rede mundial de computadores: internet

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Summary

INTRODUÇÃO

A leishmaniose visceral (LV) é uma doença de grande significância epidemiológica por envolver espécies diferentes de parasitas Leishmania, comportamentos de vetores flebotomíneos, como o Lutzomyia longipalpis, hospedeiros e reservatórios em ambos os ciclos de transmissão (Dantas-Torres et al, 2006; Almeida et al, 2010). Trata-se de uma doença endêmica em muitos países, como a Índia, o Nepal, Bangladesh, o Sudão e o Brasil, sendo este último o responsável pela maioria dos casos na América do Sul (WHO, 2010). No Brasil, são notificados a cada ano cerca de 3.500 casos de leishmaniose visceral (Dantas-Torres et al, 2006). O uso de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e ferramentas de análise espacial permite analisar esse processo, possibilitando compreender os padrões espaciais da distribuição de um desfecho, bem como identificar áreas de risco e possíveis fatores associados e indicar áreas prioritárias para desenvolvimento de ações de vigilância e controle. Esta pesquisa teve por objetivo identificar padrões espaciais da distribuição da leishmaniose visceral no estado do Tocantins, de 2008 a 2011, bem como identificar áreas com altas densidades de taxas de leishmaniose visceral e observar a existência de autocorrelação global e local da ocorrência da leishmaniose visceral com possíveis fatores associados como focos de queimadas, dados de coleta de lixo e saneamento básico

MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
Findings
REFERÊNCIAS
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