Abstract

Este estudo busca evidenciar as possibilidades de interface entre Psicologia e História, ao analisar documentos de uma instituição de auxílio e proteção à infância abandonada do século XIX - Asilo dos Expostos da Santa Casa de Misericórdia de Salvador - como forma de interpretação do contexto de desenvolvimento. Essa instituição foi estabelecida com o objetivo de dar abrigo, proteção, educação e também dar conformação às crianças abandonadas às normas sociais. A análise de dois estatutos do referido estabelecimento, datados de 1863 e 1914, permite a compreensão do significado de criança abandonada nesses momentos e do contexto de desenvolvimento, no qual estava inserida, já que os documentos são produtos elaborados por uma sociedade para transmitir imagens e valores socialmente aceitos. Esta análise elucidou uma gradativa mudança da preocupação social com a criança abandonada. Passou-se da preocupação com a provisão dos meios imediatos de sobrevivência para a promoção de educação profissional e reinserção social das crianças, baseadas em preceitos filantrópicos e médico-higienistas.

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