Abstract
O objetivo deste artigo é analisar os efeitos da variabilidade de fluxo, preconizada pela Factory Physics, no dimensionamento de Kanban em sistemas produtivos. A variabilidade de fluxo pressupõe que a variabilidade existente nas atividades executadas por um processo é dissipada ao longo de todo o fluxo produtivo do sistema, causando variações no lead time, no nível de estoques em processo e na disponibilidade de equipamentos, entre outros. Para conduzir a investigação, foi criado um modelo didático de simulação computacional por eventos discretos. O modelo proposto visa apresentar os possíveis impactos provocados pela variabilidade de fluxo no sistema produtivo no dimensionamento do número de cartões Kanban, a partir dos resultados fornecidos por dois cenários distintos investigados. Os principais resultados da pesquisa permitem evidenciar que, comparando os dois cenários desenvolvidos para o modelo, a presença de variabilidade no sistema produtivo causou um aumento médio de 32% no número de cartões Kanban (p=0,000). Isso implica que, em sistemas produtivos reais, o estudo de dimensionamento de Kanbans deveria contemplar as variabilidades individuais das operações, fato por vezes relegado a um pressuposto na formulação da literatura que trata da definição do número de Kanbans, oportunizando assim o desenvolvimento de pesquisas futuras nesse sentido.
Highlights
A melhoria da eficiência e da eficácia de processos é frequentemente associada à noção de vantagem competitiva (AVELLA-CAMERO et al, 1996; BOYER; LEWIS, 2002; CHRISTIANSEN, 2003; DANGAYACH; DESMUKH, 2001)
São avaliados os possíveis impactos no dimensionamento do número de cartões Kanban, com base em dois cenários que abordam diferentes coeficientes de variação, considerando os seguintes indicadores: (i) lead time do contenedor, que nesta pesquisa faz referência ao tempo necessário para produzir um contenedor do Kanban; (ii) número de cartões Kanban; e (iii) estatísticas das filas, que fornece informações estatísticas referentes ao tamanho da fila e tempo de espera do processo, antes de cada estação de trabalho
São analisados os resultados obtidos quanto às diferenças no dimensionamento do número de cartões Kanban entre os dois cenários criados
Summary
A melhoria da eficiência e da eficácia de processos é frequentemente associada à noção de vantagem competitiva (AVELLA-CAMERO et al, 1996; BOYER; LEWIS, 2002; CHRISTIANSEN, 2003; DANGAYACH; DESMUKH, 2001). Este trabalho apresenta, por meio de um modelo didático desenvolvido por meio da simulação por eventos discretos, uma análise sobre o impacto da variabilidade de fluxo, como apresentada por Hopp e Spearman (2000), no dimensionamento de um sistema Kanban. São avaliados os possíveis impactos no dimensionamento do número de cartões Kanban, com base em dois cenários que abordam diferentes coeficientes de variação, considerando os seguintes indicadores: (i) lead time do contenedor, que nesta pesquisa faz referência ao tempo necessário para produzir um contenedor do Kanban; (ii) número de cartões Kanban; e (iii) estatísticas das filas, que fornece informações estatísticas referentes ao tamanho da fila e tempo de espera do processo, antes de cada estação de trabalho. O artigo finaliza com a apresentação das conclusões do estudo
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