Abstract

O objetivo deste trabalho é verificar se os fundos de investimento Multimercado no Brasil geram alphas positivos, ou seja, se os gestores possuem habilidade e contribuem positivamente para o retorno de seus fundos. Para calcular o alpha dos fundos, foi utilizado um modelo com sete fatores, baseado, principalmente, em Edwards e Caglayan (2001), com a inclusão do fator de iliquidez de uma ação. O período analisado vai de 2003 a 2013. Encontramos que, de forma geral, os fundos multimercado geram alpha negativo. Os resultados diferem bastante por classificação Anbima e por base de dados utilizada. Verifica-se também se a performance desses fundos é persistente através de um modelo não-paramétrico baseado em tabelas de contingência. Não foram encontradas evidências de persistência.

Highlights

  • This work aims to verify if brazilian Hedge Funds generate positive alphas, that is, if managers have skill and contribute positively to the return of their funds during the period 2003 through 2013

  • We verify if there is performance persistence over time by using a non-parametric model based on contingency tables

  • Os fundos Multimercado, que representam 20% do patrimônio líquido (PL) total da indústria, podem operar em diversos mercados, como juros, commodities, dívida, câmbio e ações, o que dificulta encontrar um modelo de avaliação de desempenho que capture todos os seus movimentos

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Summary

Introdução

O setor de fundos de investimento no Brasil vem crescendo cada vez mais em termos de quantidade e volume de recursos administrados ao longo dos anos. Segundo a Anbima, o patrimônio líquido (PL) total dos fundos brasileiros era de R$ 538,1 bilhões em 2003 e passou para R$ 2,4 trilhões em 2013. Os fundos Multimercado, que representam 20% do PL total da indústria, podem operar em diversos mercados, como juros, commodities, dívida, câmbio e ações, o que dificulta encontrar um modelo de avaliação de desempenho que capture todos os seus movimentos. Testamos se suas performances são persistentes ao longo do tempo através de um modelo não-paramétrico, que se baseia em tabelas de contingência com ganhadores e perdedores, verificando se os gestores desses fundos possuem habilidade ou apenas sorte. Encontramos que os fundos geraram alphas negativos, ou seja, os gestores erraram suas previsões acerca dos movimentos dos preços dos ativos futuros e prejudicaram o desempenho dos seus fundos. Não encontramos evidências de persistência de performance para os fundos, nem por classificação Anbima

Referencial teórico
Modelo
Base de dados e procedimentos
Estatísticas descritivas
Resultados
Modelo de sete fatores
Outros modelos
Teste de persistência de performance
Conclusão
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