Abstract

A incidência da dengue, doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, vem crescendo em Porto Alegre ao longo dos anos, com recorde de casos registrados em 2022. Epidemias da doença parecem ocorrer de forma cíclica no município, com registros a cada três anos. Dada a influência de fatores climáticos no ciclo de vida do vetor, este trabalho buscou analisar a influência de determinantes meteorológicos na periodicidade de epidemias de dengue na capital gaúcha entre 2010 e 2022. Análises descritivas foram realizadas para averiguar o padrão dos indicadores climáticos e dos casos de dengue ao longo dos anos, ao passo que análises estatísticas foram feitas para avaliar a correlação entre os fatores climáticos e os casos autóctones registrados entre 2016 e 2022. Os resultados obtidos não apontaram padrões meteorológicos que se repetem a cada três anos e que poderiam explicar a ciclicidade observada. Ainda, não foram constatadas correlações entre temperatura, umidade e pluviosidade com casos autóctones de dengue no município, ao menos em nível quadrimestral. Para além destas análises, constatou-se expressivo aumento de casos em 2022, apesar dos esforços de controle desempenhados pelo poder público, o que aponta a necessidade de maior investimento em educação em saúde para a população.

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