Abstract

O artigo apresenta uma análise das formas literárias de Mt 20,20-28, que narra o pedido da mãe dos filhos de Zebedeu e a resposta de Jesus a respeito do servir. Será aplicado o referencial teórico proposto por Klaus Berger, em As formas literárias do Novo Testamento (Loyola, 1998). Com a aplicação da análise formal a perícope é classificada com um gênero abrangente que contém características de texto simbulêutico, epidíctico e dicânico. Mediante um diagrama são identificados os subgêneros, que são categorias menores em níveis diferentes e que aparecem combinados na perícope. A teoria comunicativa dos gêneros prioriza a relação autor/leitor e releva a importância do ambiente vital como sustentava a tese clássica dos gêneros literários de M. Dibelius e R. Bultmann. Assim os sinais e formas usados no texto produzem o efeito nos ouvintes/leitores. Eles permanecem no modelo dos dominadores do mundo ou vão aderir ao modelo de Jesus? Vão reproduzir a racionalidade da dominação ou a do serviço? A argumentação classificada como simbulêutica em Mt 20,26 visa modificar os pressupostos usados pelos ouvintes para julgar e tomar decisões. O critério não será o poder dominação, mas o serviço, o que resulta em relações igualitárias na comunidade de Mateus. Quem quiser tornar-se grande, deve ser servidor, não o primeiro, mas o último.

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