Abstract
Ocupantes expostos à radiação solar indesejada e a brilhos e contrastes excessivos, quando em ambiente de uso prolongado, vivenciam desconforto térmico ou visual e consequentemente reagem alterando as características de sua ocupação ou do sistema de iluminação natural mais comum: a janela. Neste contexto, essa pesquisa se objetivou em identificar e relacionar os níveis de probabilidade de ofuscamento e de radiação solar incidente para um ocupante em uma sala de permanência prolongada. A partir da modelagem e simulação computacional da irradiação solar, os valores horários dos indicadores de ofuscamento e insolação foram transformados em frequências e perfis anuais. Dentre as frequências anuais de ofuscamento, se atingiram diferenças de até 74%, advindas da mudança de 90º na direção de visão. As frequências de radiação solar direta maior que 50 W/m² apontaram vulnerabilidade, em cerca de 1/5 do tempo de uso, para ocupantes a 1,5 m da abertura, nas orientações Norte, Leste e Oeste. Os perfis anuais de probabilidade de ofuscamento e de radiação solar incidente permitiram identificar as horas do dia e os meses do ano em que há necessidade de controle solar. Correlações lineares realizadas entre valores horários de DGP (Daylight Glare Probability) e de radiação solar resultaram em grau (R²) abaixo do significativo, porém permitiram demonstrar a influência de cada componente no desconforto visual apurado. As 60 combinações investigadas de posições (03), direções de visão (05) e orientações solares (04) foram discriminadas com relação à exposição excessiva e assim agregaram recomendações de projeto que previnem os ocupantes do ofuscamento e da insolação.
Highlights
Desconforto visual por ofuscamentoO desconforto visual por excesso de brilho e contraste diante do campo visual do observador, chamado também de ofuscamento, pode atingir níveis desconfortáveis que ao decorrer do tempo implicam em reações de controle dos usuários e níveis intoleráveis que imediatamente desabilitem o ocupante no desempenho de suas tarefas visuais (HOPKINSON, 1972; RUBIN; COLLINS; TIBBOTT, 1978; CHAUVEL; COLLINS; DOGNIAUX, 1982; WIENOLD; CHRISTOFFERSEN, 2006)
Erguese motivação em investigar as implicações do comportamento da luz solar em interiores, com o intuito de apurar condições desconfortáveis e indicar alternativas de controle deste recurso natural
O desconforto visual por excesso de brilho e contraste diante do campo visual do observador, chamado também de ofuscamento, pode atingir níveis desconfortáveis que ao decorrer do tempo implicam em reações de controle dos usuários e níveis intoleráveis que imediatamente desabilitem o ocupante no desempenho de suas tarefas visuais (HOPKINSON, 1972; RUBIN; COLLINS; TIBBOTT, 1978; CHAUVEL; COLLINS; DOGNIAUX, 1982; WIENOLD; CHRISTOFFERSEN, 2006)
Summary
O desconforto visual por excesso de brilho e contraste diante do campo visual do observador, chamado também de ofuscamento, pode atingir níveis desconfortáveis que ao decorrer do tempo implicam em reações de controle dos usuários e níveis intoleráveis que imediatamente desabilitem o ocupante no desempenho de suas tarefas visuais (HOPKINSON, 1972; RUBIN; COLLINS; TIBBOTT, 1978; CHAUVEL; COLLINS; DOGNIAUX, 1982; WIENOLD; CHRISTOFFERSEN, 2006). Esta tem se mantido no decorrer dos métodos científicos atuais por demonstrar forte relação com a sensação de desconforto reportada pelos ocupantes, enquanto a iluminância horizontal tem resultado em fraca relação com o ofuscamento (WIENOLD; CHRISTOFFERSEN, 2006). Sendo o índice de desconforto uma avaliação numérica feita a partir da distribuição de luminâncias no campo de visão em determinado momento, prognosticar a manifestação de desconforto visual por meio de imagens especializadas tem se tornado uma maneira confiável de realizar inferências de situações indesejadas (REINHART, 2018).
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