Abstract

Com a finalidade de conhecer a estrutura de uma comunidade arbórea de uma área de Cerrado, fez-se um estudo fitossociológico no Município de Senador Modestino Gonçalves. Para tal foram delimitadas 30 parcelas de 10 x 20m para levantamento dos dados, utilizando-se como critério de inclusão os indivíduos com circunferência do tronco à altura do solo (CAS) = 10 cm. Foram encontradas 91 espécies de 38 famílias. As espécies que se destacaram como as mais importantes foram Qualea grandiflora, Eriotheca pubescens, Caryocar brasiliense, Byrsonima coccolobaefolia, Myrsine guianensis, Qualea parviflora, Dalbergia miscolobium, Stryphnodendron adstringens, Plathymenia reticulata e Lafoensia pacari. Essas 10 espécies representaram 49,32% do VI e 51,26% dos indivíduos amostrados. A área não apresentou espécie com dominância marcante, como mostrou o valor de equabilidade (J'= 0,80). Além de se destacar pela riqueza, o cerrado estudado destacou-se também pelos altos valores de densidade (6.476,67 ind/ha), de área basal (28,93 m²/ha) e pelo alto índice de diversidade (H'=3,61).

Highlights

  • The aim of this work was to study the phytossociological structure of a tree community in a cerrado fragment located in Senador Modestino Gonçalves, MG

  • Muitos autores postularam que o fogo seja um dos principais fatores na gênese das diferentes fitofisionomias ou manutenção das áreas mais abertas de Cerrado quando o solo não é fator discriminante (COUTINHO, 1990; PIVELO e COUTINHO, 1996; RATTER et al, 1997; DEZZEO et al, 2004)

  • Acta Botanica Brasilica, v.16, n.2, p.205-216, 2002

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Summary

INTRODUÇÃO

O bioma Cerrado originalmente cobria cerca de dois milhões de km do país, sendo o segundo maior bioma do Brasil (RATTER et al, 1997; MACHADO et al, 2004). Muitos autores postularam que o fogo seja um dos principais fatores na gênese das diferentes fitofisionomias ou manutenção das áreas mais abertas de Cerrado quando o solo não é fator discriminante (COUTINHO, 1990; PIVELO e COUTINHO, 1996; RATTER et al, 1997; DEZZEO et al, 2004). Durigan et al (2003), numa análise de padrões fitogeográficos do Cerrado Paulista consideraram o clima como principal responsável pelas relações florísticas encontradas, vindo, em seguida, a fertilidade do solo. O desmatamento do Cerrado, causado pela expansão da fronteira agropecuária, torna esse momento crucial para que o conhecimento e entendimento das relações ambientais e da distribuição das populações de plantas de Cerrado possam se materializar em ações para a conservação de espécies. Dessa forma este trabalho procurou conhecer a florística e a estrutura de uma comunidade lenhosa de Cerrado no Município de Senador Modestino Gonçalves, MG, e, assim, contribuir para o conhecimento dessa vegetação numa região onde poucos estudos foram desenvolvidos

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