Abstract

Objetiva-se avaliar o conhecimento e as condutas adotadas pelos acadêmicos de odontologia acerca do atendimento de pacientes soropositivo. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, realizado entre junho a dezembro de 2020. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do Centro Universitário UNIFACID sob o número de parecer 075913/2020. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário aos acadêmicos de odontologia do 6° ao 10° período de um Centro Universitário de Teresina. Os dados foram tabulados no Excel® e analisados de forma descritiva. Participaram 97 alunos, predominantemente feminino (73,2%, n=71), com idade entre 20-29 anos (93,8%, n=91), que fazem o uso da máscara e touca (79,4%, n=77), avental cirúrgico (86,6%, n=84) e luvas (82,5%, n=80). A maioria (85,6%, n=83) confirmou atender os pacientes soro positivo, mesmo mostrando preocupação quanto ao risco de infecção (96,9%, n=94). Uma parte (18,6%; n=18) acusou ter sofrido lesão com material perfurocortante, contudo, apenas 8,2% (n=8) realizaram a testagem anti-HIV. Quanto aos cuidados adotados: 94,8% (n=92) conduziriam higienizando com água e sabão e o uso de antissépticos (81,4%, n= 79). Não houve consenso quanto ao direito de negar o atendimento, valor cobrado e ambiente indicado ao atendimento, porém todos se mostram seguros e preparados ao manejo do paciente soro positivo, com insegurança aos procedimentos cruentos (59,8%, n=58) e diagnóstico das lesões bucais (51,5%, n=50). Os acadêmicos têm preocupação quanto aos riscos, porém mostram ter conhecimento científico e técnico sobre a doença, o que faz com que mostrem segurança no atendimento dos pacientes soro positivo.

Highlights

  • Resolução do Conselho Nacional de Saúde 466/12, sendo a mesma submetida à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do Centro Universitário UNIFACID e aprovada sem restrições sob o número de parecer 075913/2020

  • A disseminação do HIV/AIDS provoca uma grande tensão entre os trabalhadores da saúde, dada as preocupações quanto ao risco ocupacional e a persistência de preconceitos que contribuíram para aumentar a resistência dos serviços de saúde ao atendimento a pacientes com HIV/AIDS (Acurcio, 1997)

  • De acordo com os dados apresentados na literatura, os principais fatores associados com a disposição para o atendimento dos pacientes com HIV/AIDS são o preconceito, medo do contágio, conhecimento sobre a infecção pelo HIV, percepção sobre risco ocupacional e experiência anterior com pacientes portadores de HIV/AIDS (Discacciati & Vilaça, 2001; Senna et al, 2005; Matos et al, 2012; Lucena et al, 2016)

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Summary

Introdução

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) foi descrita em 1981, nos Estados Unidos, a partir do elevando número de indivíduos adultos, do gênero masculino e homossexuais que apresentavam sarcoma de Kaposi, pneumonia por Pneumocystis carinii e comprometimento do sistema imune (Lazzarotto et al, 2010). A disseminação do HIV/AIDS provoca uma grande tensão entre os trabalhadores da saúde, dada as preocupações quanto ao risco ocupacional e a persistência de preconceitos que contribuíram para aumentar a resistência dos serviços de saúde ao atendimento a pacientes com HIV/AIDS (Acurcio, 1997). De acordo com os dados apresentados na literatura, os principais fatores associados com a disposição para o atendimento dos pacientes com HIV/AIDS são o preconceito, medo do contágio, conhecimento sobre a infecção pelo HIV, percepção sobre risco ocupacional e experiência anterior com pacientes portadores de HIV/AIDS (Discacciati & Vilaça, 2001; Senna et al, 2005; Matos et al, 2012; Lucena et al, 2016). O presente estudo tem como objetivo avaliar o conhecimento e as condutas adotadas pelos estudantes de odontologia acerca do atendimento de pacientes HIV positivo

Metodologia
Resultados
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