Abstract
Considerando a síndrome metabólica (SM) como uma condição fisiopatológica caracterizada por hipertensão arterial, obesidade central, resistência à insulina, dislipidemia e hiperglicemia, este estudo objetiva comparar o uso de estatinas e ácido nicotínico no tratamento da SM. Para tanto, procede-se a uma análise comparativa baseada em estudos clínicos e epidemiológicos relevantes. Desse modo, observa-se que as estatinas reduzem significativamente o LDL-colesterol em cerca de 50% e diminuem o risco de eventos cardiovasculares em 25% a 35%, com odds ratio (OR) de melhora entre 0,70 e 0,80. As estatinas são amplamente disponíveis e acessíveis, especialmente nas versões genéricas, e apresentam um perfil de efeitos adversos relativamente manejável. Em contraste, o ácido nicotínico reduz o LDL-colesterol em 15% a 25%, aumenta o HDL-colesterol e reduz os triglicerídeos, mas com uma eficácia menos consistente na prevenção de eventos cardiovasculares (OR variando de 0,90 a 1,10) e efeitos colaterais significativos, como rubor cutâneo e hepatotoxicidade. O custo e a disponibilidade do ácido nicotínico são mais limitados em comparação às estatinas. Conclui-se que as estatinas são a escolha preferida para o tratamento da SM devido à sua eficácia robusta e acessibilidade, enquanto o ácido nicotínico pode ser considerado em casos específicos, com precaução devido aos seus efeitos adversos.
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