Abstract

O presente estudo investigou os benefícios da anestesia por tumescência com lidocaína em cadelas submetidas à mastectomia, visando ao conforto do paciente e à sua recuperação pós-operatória. Foram utilizados sete animais, de peso e raças variadas, que apresentavam neoplasia em região de cadeia mamária e que foram submetidos à cirurgia de mastectomia. Todos os animais receberam o mesmo protocolo anestésico, sendo utilizado como MPA a associação entre acepromazina e morfina, nas doses de 0,04mg/kg e 0,4mg/kg (IM), respectivamente. Após 15 minutos, foi alocado um cateter em veia cefálica e realizou-se a indução com propofol 4mg/kg e midazolam 0,2mg/kg, seguida de manutenção anestésica com isofluorano. Posteriormente à instrumentação, procedeu-se à técnica de anestesia por tumescência com solução gelada composta por ringer lactato, lidocaína 2% sem vasoconstritor e adrenalina, em um volume total de 15mL/kg. Em média, o tempo de duração do procedimento foi de 74±18 minutos. O pico plasmático de lidocaína deu-se entre 30 e 60 minutos após a infiltração da solução. O resgate analgésico foi realizado após sete horas, aproximadamente, da infiltração. Pode-se concluir que a anestesia por tumescência com lidocaína deve ser considerada como constituinte do protocolo anestésico e analgésico de cadelas a serem submetidas à cirurgia de mastectomia, proporcionando estabilidade de parâmetros, segurança e recuperação pós-operatória de boa qualidade.

Highlights

  • A utilização da anestesia infiltrativa pela técnica de tumescência tem sido crescente em medicina veterinária, uma vez que ela é segura e prática, podendo ser aplicada como protocolo anestésico adjuvante em mastectomia em cadelas, principalmente naquelas que apresentam algum fator de risco à anestesia geral (Carlson, 2005; Lopes e Almeida, 2008)

  • A lidocaína tem sido o anestésico local mais frequentemente utilizado na solução (Klein, 1999; Futema, 2005)

  • Os dados aqui analisados demonstraram que o retorno da sensibilidade cutânea e a necessidade de resgate analgésico ocorreram, em média, sete horas após a realização da anestesia por tumescência, embora, individualmente, haja uma variação nos tempos de resgate das escalas, como pode ser visto na Tab. 1, o que poderia justificar a sensibilidade variável de cada método empregado

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Summary

Introduction

A utilização da anestesia infiltrativa pela técnica de tumescência tem sido crescente em medicina veterinária, uma vez que ela é segura e prática, podendo ser aplicada como protocolo anestésico adjuvante em mastectomia em cadelas, principalmente naquelas que apresentam algum fator de risco à anestesia geral (Carlson, 2005; Lopes e Almeida, 2008). A temperatura corpórea dos animais se reduziu em todos os momentos em relação à temperatura basal, o que pode ser explicado não apenas pelo fato de o paciente estar sob anestesia geral, mas também de a solução estar em temperatura de 10oC aproximadamente, o que reduz o sangramento transoperatório e a absorção do anestésico local, indo de encontro a Butterwick et al (1999) e a Hustad e Aitken (2006), que descrevem o uso de uma solução de tumescência aquecida entre 3840oC com a finalidade de reduzir a perda de temperatura corpórea, bem como diminuir o desconforto no momento da infiltração.

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