Abstract

Sebastiania commersoniana é uma espécie arbórea bastante comum em ambientes aluviais, em diversas condições pedológicas, graças a sua plasticidade e capacidade de tolerar períodos de inundação. Foram amostrados 21 indivíduos adultos dessa espécie, na planície do rio Iguaçu, visando à caracterização anatômica da madeira e sua interpretação em termos funcionais. S. commersoniana possui porosidade difusa, vasos solitários e múltiplos de dois a seis, com arranjo radial e placas de perfuração simples. Os vasos são pouco freqüentes (12-16-20/mm²), com diâmetro de 54-88-117 µm e elementos de vaso com comprimento 164-602-1025 µm. As fibras libriformes têm 656-1222-2050 µm de comprimento, 10-26-42 µm de largura, e paredes delgadas a espessas (1,0-2,8-5,1 µm). Fibras gelatinosas são freqüentes. Ocorre parênquima apotraqueal difuso em agregados, e paratraqueal escasso. Os raios, unisseriados, têm 164-805-2787 µm de altura e 12-22-35 µm de largura. Células perfuradas de raio são freqüentes, bem como máculas contendo grãos de amido. Estes também ocorrem no parênquima radial e no axial. A espécie desenvolve lenho de tensão em árvores inclinadas. A maioria dos caracteres observados coincide com descrições disponíveis para o gênero e a família a que a espécie pertence. Algumas características qualitativas são discutidas quanto às suas possíveis funções e implicações para a auto-ecologia da espécie.

Highlights

  • ABSTRACT – (Wood anatomy of Sebastiania commersoniana (Baillon) Smith & Downs (Euphorbiaceae): functional and ecological aspects)

  • Em ambas as abordagens as características qualitativas, embora descritas, são discutidas com menos freqüência quanto às suas prováveis funções e implicações ecológicas

  • O material foi submetido à coloração com solução aquosa de safranina (1%), desidratado e montado em lâminas permanentes, da mesma forma descrita acima

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Summary

Material e métodos

Local de coleta – As amostras de madeira de Sebastiania commersoniana foram coletadas em remanescentes da Floresta Ombrófila Mista Aluvial, na planície do rio Iguaçu, nos municípios de Araucária e Lapa, no estado do Paraná. Foram obtidas secções histológicas de 18 a 22 μm de espessura, submetidas à dupla coloração com solução aquosa de safranina (1%) e de azul de astra (1%), por 60 e 30 minutos, respectivamente (Burger & Richter 1991). Também foi preparado material dissociado, utilizando-se solução 1:1 de peróxido de hidrogênio 30% e ácido acético glacial, conforme metodologia descrita por Kraus & Arduin (1997). O material foi submetido à coloração com solução aquosa de safranina (1%), desidratado e montado em lâminas permanentes, da mesma forma descrita acima. Para microscopia eletrônica de varredura, pequenos cubos de madeira foram seccionados, com cerca de 2 mm de lado, fixados em FAA 50 (formaldeído – ácido acético glacial - álcool etílico 50%), desidratados em série etílica (Johansen 1940). Análise das amostras – As análises foram realizadas sob microscópio óptico e eletrônico de varredura. As contagens e mensurações (30 repetições por árvore), bem como a descrição anatômica da madeira, foram realizadas conforme o proposto pela Associação Internacional dos Anatomistas de Madeira (IAWA 1989)

Resultados e discussão
Findings
Referências bibliográficas
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