Abstract
O cirurgião deve conhecer minuciosamente a anatomia normal antes de considerar a idéia de atuar em una região distorcida por um processo patológico. A dissecção criteriosa a partir de pontos de referência conhecidos para áreas mais obscuras é um princípio básico de técnica cirúrgica. Há necessidade de se confiar em reparos anatômicos ósseos ou de partes moles consistentes ao mesmo tempo em que a onipresente variabilidade anatômica não deve ser esquecida. Assim a remoção completa de uma lesão e a concomitante preservação de estruturas importantes são absolutamente dependentes do completo entendimento daquilo que poderá ser encontrado. Neste sentido a artéria carótida intrapetrosa ainda representa um desafio cirúrgico formidável. O seu trajeto sinuoso na intimidade e adjacências do osso mais resistente do corpo humano e estruturas nobres que a cercam faz do estudo desta região um capítulo importante dentro das disciplinas de neurocirurgia, otorrinolaringologia e cirurgia da base do crânio. O presente estudo, através de uma análise morfométrica de cinqüenta ossos temporais humanos tenta determinar pontos de referência consistentes na identificação da artéria carótida intrapetrosa.
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