Abstract
Este estudo busca analisar o nivel de divulgacao do risco operacional em bancos com carteira comercial, baseado na regulamentacao brasileira. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa. A amostra contemplou 30 bancos selecionados a partir do Relatorio ‘Dados Selecionados de Entidades Supervisionadas – IF.data’ divulgado pelo Banco Central do Brasil para data-base dezembro de 2015. Coletaram-se dados semestrais nos relatorios de risco disponibilizados pelos bancos da amostra, de julho de 2014 a dezembro de 2015. Trataram-se dados empregando analise de conteudo, considerando 20 subcategorias distribuidas em 4 categorias baseadas em regulamentacao do Conselho Monetario Nacional e do Banco Central do Brasil. Utilizaram-se estatisticas descritiva e inferencial nas analises dos dados. Os resultados indicaram diferencas significativas entre o percentual de subcategorias presentes em cada uma das categorias. Adicionalmente, verificaram-se diferencas entre o percentual de subcategorias presentes quando agrupadas por categoria. No 2o semestre de 2014 e nos 1o e 2o semestres de 2015 foram divulgadas, 58,50% 59,50% e 60,00% do total de subcategorias analisadas, respectivamente. O estudo contribui para reflexoes de partes interessadas sobre estrategias de divulgacao do risco operacional adotadas por bancos no Pais.
Highlights
Escândalos financeiros ocorridos na década de 1990 e anos 2000 como os casos do Bankers Trust, Barings, Ebay, Enron, Worldcom e Sadia chamaram a atenção para a amplitude que os impactos produzidos por falhas operacionais podem alcançar e, sobretudo, para a necessidade de ampliação da gestão de riscos para além dos riscos financeiros, abrangendo o risco operacional (Coimbra, 2006)
A amostra foi composta por 142 bancos da América do Norte, Ásia e Europa, sendo utilizados relatórios anuais referentes ao período compreendido entre 1998 e 2001 para análise das práticas de divulgação
A amostra foi composta pelos dez maiores conglomerados bancários com atuação no Brasil, sendo analisados relatórios anuais e outros documentos a respeito da estrutura de gerenciamento do risco operacional, dando-se ênfase a informações referentes ao exercício finalizado de 2007
Summary
O BCBS conceitua o risco operacional como sendo o risco de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Tal definição inclui o risco legal, mas exclui os riscos estratégico e de reputação (BCBS, 2003). A Resolução do CMN no 3.380, de 2006 (CMN, 2006) apresenta conceito semelhante ao do BCBS, definindo-o como a possibilidade da ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. A definição inclui o risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição. Dentre os eventos de perdas operacionais, a Resolução no 3.380, de 2006 (CMN, 2006) exibe oito incisos em seu Artigo 2o, parágrafo 2o, que descrevem tipos de eventos de risco operacional (Figura 1)
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