Abstract

Para diagnose nutricional da bananeira, é necessário padronizar a amostragem do tecido a ser utilizado, já que a composição mineral varia com a idade da planta, com a folha amostrada, entre as diversas partes da folha, ao que se somam as condições ecológicas, diferenças varietais e flutuações sazonais dos elementos. Portanto, a possibilidade de equívoco na interpretação é considerável. O Método de Amostragem Internacional de Referência (MEIR) para bananeira recomenda coletar a terceira folha de plantas com cachos que apresentem todas as pencas visíveis e não mais que três mãos de flores masculinas abertas, retirando-se a metade interna de uma faixa central do limbo, desprovida da nervura central. Há uma dificuldade em seguir tal recomendação para bananeira 'Prata-Anã' cultivada no norte de Minas Gerais, pois ela possui porte alto e roseta foliar muito densa, que confunde a localização da folha amostrada. Além disso, normalmente, as amostras são retiradas com largura diferente dos 10 cm recomendados. Dadas as dificuldades de amostragem da bananeira 'Prata-Anã' e o fato de besta cultivar sob irrigação ser pouco estudada, comparada àquelas do subgrupo Cavendish, o presente trabalho objetivou determinar o efeito da folha amostrada e da largura da amostra sobre os teores minerais de bananeira 'Prata-Anã' cultivada sob irrigação no norte de Minas Gerais. Apesar das variações estatísticas, os teores foliares mantiveram-se dentro da faixa de suficiência, independentemente da posição da folha amostra da- 2ª, 3ª ou 4ª folha - ou do tamanho da amostra - 10; 20 ou 30 cm de largura. Isto sugere que a coleta de folha na posição acima (segunda) ou abaixo (quarta) da folha recomendada terceira, numa largura foliar de 10 a 30 cm, pouco altera os teores foliares em relação à indicação pelo método MEIR, tolerando-se assim uma possível variação da amostra quanto à posição e à largura foliar testadas.

Highlights

  • For nutritional diagnosis of the banana it is necessary to standardize the tissue sampling to be used, since the mineral composition changes with the plant age, sampled leaf, among the several parts of the leaf, besides ecological conditions, variety differences and seasonal fluctuations of the elements

  • Em bananais com plantas em todos os estádios de crescimento, em área tropical ou equatorial sem replantio por vários anos, é difícil encontrar 20 plantas em estádio adequado para amostragem em uma área de 1 a 4 ha

  • 2,84 A a 2,88 A a 2,66 B a Médias seguidas pelas mesmas letras maiúsculas na coluna ou minúsculas na linha não diferem entre si, pelo teste de Tukey (5%)

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COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA

MARIA GERALDA VILELA RODRIGUES2, DILERMANDO DOURADO PACHECO3, WILLIAM NATALE4, JOSÉ TADEU ALVES DA SILVA5. Utilizou-se o extrator Mehlich para P, K, Cu, Fe, Mn e Zn. O primeiro experimento, conduzido em maio de 2003, constituiu-se de amostragem foliar conforme o método MEIR, utilizando a terceira folha a contar do ápice, coletada de plantas que apresentavam inflorescência com, no máximo, três pencas de flores masculinas abertas, sendo que dessa folha se coletou a metade interna (sem a nervura central) de uma faixa de 10; 15; 20; 25 e 30 cm. Conclui-se que, para a bananeira ‘Prata-Anã’ cultivada no norte de Minas, apesar das variações estatísticas, os teores foliares mantiveram-se dentro da faixa de suficiência, independentemente da posição da folha amostrada – 2a, 3a ou 4a folha – ou do tamanho da amostra – 10; 20 ou 30 cm de largura.

Cu Fe
FOLHA X LARGURA
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