Abstract
A magnitude do câncer de mama impõe valorizar o saber e agir diante da doença e sua detecção precoce. Neste estudo, de natureza qualitativa, norteado pela fenomenologia e fundado no pensamento teórico-metodológico de Martin Heidegger, buscouse ouvir o ser-mulher-que-pertence-ao-grupo-de-risco-familiar, com o objetivo de analisar compreensivamente seus significados de prevenção secundária. Mediante relação empática e redução de pressupostos, entrevistaram-se 13 mulheres indicadas por suas familiares clientes. A hermenêutica possibilitou a compreensão interpretativa do ser-aí, que mostrou facetas de sua dimensão existencial. Regida pelo falatório e temor, sob o domínio da ambiguidade, não se reconhece como ser de possibilidades. Carece melhor compreensão para movimentar-se para a de-cisão pela prevenção secundária. A construção do conceito de ser e o desvelamento do sentido podem alicerçar a prática assistencial do enfermeiro e favorecer o cuidado singular, integral e humano, que privilegia o ouvir atento ao vivido do ser-mulher, em seu movimento existencial de in-compreensões e indagações.
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