Abstract

OBJETIVO: estimar a frequência de oclusopatias e suas associações com o tipo e o período de amamentação, hábitos bucais deletérios e informações recebidas pelas mães no pré-natal, em crianças com cinco anos de idade que frequentavam creches municipais. MÉTODOS: a amostra consistiu de 162 crianças residentes no município de São Pedro, SP. Em entrevista com cada mãe, informações sobre o tempo e a forma de aleitamento, a presença de hábitos deletérios, e orientações recebidas pela mãe durante o pré-natal foram coletadas. O exame epidemiológico foi realizado nas dependências das creches, por um único examinador, previamente calibrado, sob iluminação direta. As seguintes variáveis foram avaliadas: presença e severidade de oclusopatias [ligeiro apinhamento e espaçamento (AE), mordida aberta (MA), sobremordida (SM), mordida cruzada uni ou bilateral (MC), overjet positivo (OV) e relação terminal dos segundos molares decíduos (RTM)]. A análise dos dados consistiu de análise univariada (teste qui-quadrado) e de regressão logística múltipla. RESULTADOS: a prevalência de oclusopatias foi de 95,7% (AE = 22,8%; MA = 24,7%; SM = 20,4%; MC = 14,8%; e OV = 13,0%). Na RTM, o terminal reto foi predominante (85,0%). Dentre os hábitos bucais deletérios, o uso de chupeta foi o único indicador de risco (OR = 5,25; p = 0,001) para mordida aberta em crianças que a utilizaram por mais de três anos, detectado nas regressões logísticas. CONCLUSÃO: a prevalência de oclusopatias e de hábitos bucais deletérios na amostra estudada foi alta. As crianças que usavam chupeta por mais de três anos mostraram maior probabilidade de apresentar mordida aberta.

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