Abstract

A Ehrlichiose Monocítica Canina (EMC) é uma doença multissistêmica e de alta incidência. Contudo, a patogenia da enfermidade ainda não está totalmente esclarecida. Infiltrações plasmocitárias e linfoplasmocitárias são observadas em grande parte dos órgãos de animais acometidos, inclusive na medula óssea. Esses infiltrados sugerem que a maioria das lesões patológicas identificadas na fase crônica pode ser consequência do processo inflamatório originado no início da infecção. Este trabalho tem por objetivo destacar a importância da avaliação medular de cães com EMC. A maior compreensão das alterações medulares na fase aguda poderia esclarecer a origem das alterações observadas na fase crônica. Mais estudos são necessários para verificar se a patogenia da EMC está relacionada apenas a processos imunomediados ou se também há agressões diretas de Ehrlichia canis às células precursoras. Elucidar os mecanismos fisiopatogênicos de E. canis poderia melhorar a terapêutica instituída como também o prognóstico de animais gravemente acometidos

Highlights

  • Plasma cells and lymphoplasmacytic infiltrates are observed in most organs of infected animals, including bone marrow

  • These infiltrates suggest that most of the pathological lesions identified in the chronic phase may be a consequence of the inflammatory process initiated at the beginning of the infection

  • This work aims to highlight the importance of the bone marrow evaluation of dogs with Canine Monocytic Ehrlichiosis (CME)

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Summary

Etiopatogenia e manifestações clínicas e hematológicas

Por ser um parasita intracelular obrigatório, o agente etiológico invade células do sistema fagocítico mononuclear e, após multiplicar-se em macrófagos por fissão binária, se dissemina pelo organismo do hospedeiro. 10 dias PI já são suficientes para o estabelecimento da trombocitopenia, que é a principal característica da EMC (4). Cães que evoluem para forma crônica também podem apresentar, além dos sinais supracitados, diáteses hemorrágicas. O diagnóstico precoce com a identificação correta da fase da infecção e rápida instituição do tratamento são fundamentais para evitar alta letalidade nos cães. A punção medular é necessária na determinação da fase da doença e com isso pode-se eleger o melhor tratamento para os animais doentes. Evidências sugerem que mecanismos no início da infecção podem ser responsáveis por muitas lesões patológicas observadas na fase crônica. Estudos para identificar alterações medulares da EMC, principalmente na fase aguda, podem esclarecer alterações irreversíveis da fase crônica e elucidar a patogenia da EMC

Alterações medulares na EMC aguda
Alterações medulares na EMC crônica
Considerações finais
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