Abstract
O objetivo deste artigo é analisar o perfil intelectual de Almir de Andrade como ideólogo do Estado Novo e editor da revista Cultura Política, publicada pelo DIP entre os anos 1941 e 1945. Considerando aspectos até hoje pouco conhecidos de sua obra - como seus ensaios sobre a psicologia social do brasileiro - procuramos mostrar a singularidade de sua interpretação sobre o Estado Novo, assinalando, ademais, como essa interpretação, conjugada à análise de seu perfil intelectual, contribui para tornar menos homogênea e mais dinâmica a perspectiva analítica existente sobre a revista Cultura Política e o pensamento conservador deste período.
Highlights
Porque aí o de Imprensa e Propaganda (DIP) acabou, e continuei com a revista
Procuramos aqui aprofundar a sugestão de Oliveira para quem a interpretação de Andrade sobre o Estado Novo se diferenciou da de outros ideólogos pela importância atribuída à cultura para a organização política da sociedade, o que também ajudaria a explicar sua postura à frente da revista Cultura Política
Voltamos a Aspectos da Cultura Brasileira para mostrar em que sentido a noção de tragédia serve para ampliarmos nossa compreensão da interpretação que Almir de Andrade fez do Estado Novo como um governo “realista”
Summary
Porque aí o DIP acabou, e continuei com a revista. E como eu é que a tinha fundado, que a tinha organizado e dirigido, registrei o título no meu nome e fiquei até com a patente [...]. Não tendo a pretensão de aprofundar qualquer aspecto, seja de seu trabalho, seja de sua biografia e de suas relações com o Estado Novo, a presença de Freyre na revista serve, no entanto, como mote para pensar a postura de Almir de Andrade como editor de Cultura Política.
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