Abstract

Resumo Este artigo analisa o ajustamento da equação da paridade coberta da taxa de juros para a relação entre a moeda brasileira e o dólar americano. O objetivo é avaliar a resposta de curto prazo das taxas de câmbio à vista e futura aos choques no diferencial de juros e no risco país. A investigação econométrica mostra que o ajustamento da paridade coberta no Brasil ocorre com o movimento das taxas de câmbio à vista e futura na mesma direção - de apreciação cambial diante do aumento do diferencial de juros e de depreciação cambial no caso do aumento do risco país -, mas com uma volatilidade maior da taxa de câmbio à vista.

Highlights

  • This paper analyzes the adjustment of the covered interest rate parity equation between the Brazilian real and the US dollar

  • Skinner e Mason (2011) avaliam a paridade coberta da taxa de juros (PCTJ) entre diversas moedas, incluindo para o real/dólar, considerando diversas maturidades de juros e taxa futura de câmbio e concluem que a paridade de juros se verifica para prazos curtos, mas não para prazos longos quando o tamanho e a frequência das violações da PCTJ são mais importantes, podendo indicar risco de crédito segundo ou autores ou, alternativamente, uma baixa liquidez nos mercados futuros e deficiências na formação da curva de juros para prazos mais longos

  • Outros autores sustentam a posição de que a taxa de câmbio se forma no futuro, como Franco (2000), Rossi (2016) e Dodd e Griffith-Jones (2007), esses últimos argumentando com base em entrevistas

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Summary

Introdução

O mercado de câmbio brasileiro apresenta como característica, destacada na literatura, uma maior liquidez no mercado futuro do que no mercado à vista. Com base na PCTJ, a diferença entre a taxa de câmbio futura e à vista deve aumentar sempre que aumentar a diferença entre a taxa de juro doméstica e a taxa de juro externa ajustada pelo risco. A diferença entre a taxa de câmbio futura e à vista f – s deve aumentar, mas existem três formas pelas quais isso pode acontecer: 1) Ajustes em direções diferentes: f sobe e s cai. Quando a taxa de juro doméstica sobe em relação à taxa de juro externa ajustada pelo risco, há uma apreciação cambial imediata das taxas de câmbio real/dólar à vista e futura, mas a taxa de câmbio à vista cai relativamente mais, o que aumenta o forward premium. Este artigo tem por objetivo comprovar esse resultado intuitivo com base em uma investigação econométrica da evolução da paridade coberta de taxa de juro no Brasil.

Principais resultados da literatura
Aspectos institucionais da formação da taxa de câmbio no Brasil
Dados e metodologia
Ajustamento da paridade coberta no Brasil
Considerações finais
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