Abstract

Este artigo apresenta uma análise da obra O tribunal da quinta-feira, de Michel Laub, publicada em 2016, com o intuito de perceber como o narrador (e protagonista) conta a sua própria história, como ela está imbricada com a própria história da AIDS no Brasil e o que as suas relações pessoais nos dizem sobre a sua identidade como homem cisheterossexual. O relato do narrador José Victor evoca uma espécie de “genealogia da AIDS” como forma de dar sentido às suas experiências de vida, em especial as sexuais. Apesar de crítico em relação à estigmatização das pessoas infectadas com o HIV e à homofobia, José não poupa as mulheres em seu entorno de discursos misóginos, disfarçados de senso de humor. Além disso, estão em foco questões como a heteronormatividade, a sociedade disciplinar e a pornografia. Para pensar as questões trazidas por essa narrativa foram utilizados principalmente os seguintes autores: Perlongher (1987), Bourdieu (1996), Foucault (1999), Sontag (2007) e Rich (2010).

Highlights

  • Queria escrever sobre tolerância no mundo de hoje

  • Uma vez que se trate de saber quem somos nós, é ela, doravante, que nos serve de chave universal. [...] um sexo imperioso e inteligível

  • Esta última contribuição2 foi fundamental para se pensar as questões acerca da AIDS, homossexualidade masculina e práticas sexuais dissidentes

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Summary

Introduction

A tolerância leva à questão da identidade, que está presente em quase todos os meus livros. Não queria um romance sobre a doença, e sim Esta obra está licenciada sob uma Creative Commons - Atribuição 4.0

Results
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