Abstract

Embora no Sul do Brasil o mirtilo esteja sendo pesquisado e produzido como uma nova alternativa na fruticultura, a maioria das mudas produzidas são obtidas pela propagação vegetativa, através do uso de estacas, e os resultados obtidos são insatisfatórios. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi testar a capacidade de enraizamento de mirtilo "rabbiteye", através da técnica de microestaquia. Microestacas provenientes de plantas aclimatadas de Vaccinium ashey Reade, cv. "Climax", obtidas através de micropropagação, foram testadas. O experimento foi conduzido em casa de vegetação usando dois tipos de microestacas (média e apical), dois substratos (areia e Plantmax®) e três concentrações de AIB (0, 1000 e 2000mg L-1). Aos 60 dias após a instalação do experimento, foi avaliada a percentagem de microestacas enraizadas, a percentagem de microestacas sobreviventes, o número médio de raízes por microestaca, o comprimento médio das raízes e o comprimento da raiz mais desenvolvida. Concluiu-se que a microestaquia pode ser uma técnica eficiente na produção de mudas de mirtilo, através do uso de plantas-matrizes micropropagadas. O emprego de microestacas oriundas da porção mediana proporcionou elevados índices de enraizamento e sobrevivência, independentemente da concentração de AIB utilizada. Por outro lado, para microestacas apicais, a aplicação de AIB foi fundamental para o enraizamento.

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