Abstract

Este artigo ressalta alguns aspectos da crítica agostiniana aos céticos acadêmicos. Tentando demonstrar que é possível alcançar a verdade, Agostinho discute um dos grandes problemas da filosofia, o do conhecimento e da certeza. Ele aborda esse tema principal a partir da interrogação dos filósofos acadêmicos: a filosofia consiste somente na “busca” (investigatio), talvez vã, ou consiste na “descoberta” (inventio) da verdade? Será feita uma análise do diálogo agostiniano Contra Academicos a partir de seu pano de fundo, que nos situa no horizonte da filosofia dos acatalépticos (acadêmicos) e do materialismo, tanto estóico quanto epicurista. O desafio de Agostinho será o de suplantar não apenas os acadêmicos, mas deverá fazê-lo sem afirmar o materialismo estoico (e muito menos o epicurista). As obras posteriores de Agostinho que abarcam esse tema desenvolvem os principais argumentos desse diálogo da juventude que, portanto, pode ser considerado a principal fonte a respeito do assunto.

Highlights

  • This article examines Augustine’s criticisms toward the academic skeptics

  • We carry out an analysis of the Augustinian dialogue Contra Academicos that emphasizes the philosophical context

  • Augustine's main challenge lay in overcoming the academics without embracing the stoic

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Summary

Universidade Federal de Santa Catarina

Resumo: Este artigo ressalta alguns aspectos da crítica agostiniana aos céticos acadêmicos. Tentando demonstrar que é possível alcançar a verdade, Agostinho discute um dos grandes problemas da filosofia, o do conhecimento e da certeza. Ele aborda esse tema principal a partir da interrogação dos filósofos acadêmicos: a filosofia consiste somente na “busca” (investigatio), talvez vã, ou consiste na “descoberta” (inventio) da verdade? Será feita uma análise do diálogo agostiniano Contra Academicos a partir de seu pano de fundo, que nos situa no horizonte da filosofia dos acatalépticos (acadêmicos) e do materialismo, tanto estóico quanto epicurista. O desafio de Agostinho será o de suplantar não apenas os acadêmicos, mas deverá fazê-lo sem afirmar o materialismo estoico (e muito menos o epicurista). As obras posteriores de Agostinho que abarcam esse tema desenvolvem os principais argumentos desse diálogo da juventude que, portanto, pode ser considerado a principal fonte a respeito do assunto.

LIVRO I
Próximo ao fim desse primeiro livro é apresentado um resumo das
LIVRO II
LIVRO III
Considerações finais
Os desenvolvimentos e formulações da preeminência da interioridade
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