Abstract
Os aerossóis atmosféricos respondem por uma das maiores incertezas na investigação dos cenários de mudança climática. A margem de erro associada às estimativas nas contribuições dos aerossóis no balanço energético global ainda é elevada, particularmente no que diz respeito ao chamado "efeito indireto". Ainda que o nível de compreensão científico, acerca do efeito indireto tenha avançado significativamente nos últimos anos, este ainda é muito baixo, quando comparado com o entendimento que se tem do papel dos gases de efeito estufa. Particularmente no Brasil, as medidas realizadas dentro do contexto LBA-SMOCC-EMfiN! (Large-Scale Biosphere-Atmosphere Experiment in Amazonia - Smoke Aerosols, Clouds, Rainfall and Climate - Experimento de Microfísica de Nuvens) possibilitaram uma base de dados ampla sobre aerossóis e microfísica de nuvens. Neste trabalho, apresentamos uma revisão de alguns dos principais resultados relacionados a essa base de dados, tanto via análise de resultados experimentais, quanto via modelagem numérica. Conclui-se que alterações significativas no processo de desenvolvimento da precipitação podem ocorrer em associação com a grande quantidade de aerossóis produzidos em queimadas, mas que diversas questões, principalmente referentes ao papel dos núcleos de condensação gigantes e núcleos de gelo ainda precisam ser elucidadas.
Highlights
As atividades antrópicas têm sido responsáveis por mudanças substanciais no ambiente do planeta, principalmente a partir do início da era industrial, o que inclui até mesmo a composição química da atmosfera do planeta (Vitousek et al, 1997)
Os aerossóis atmosféricos respondem como uma das maiores fontes de incerteza na investigação dos cenários de mudança climática (Forest et al 2002)
Isto implica na necessidade de novos programas observacionais e esforços de modelagem
Summary
As atividades antrópicas têm sido responsáveis por mudanças substanciais no ambiente do planeta, principalmente a partir do início da era industrial, o que inclui até mesmo a composição química da atmosfera do planeta (Vitousek et al, 1997). Considerando que, como parte da cadeia de feedbacks envolvendo as nuvens, mudanças em grande escala na concentração e composição dos aerossóis podem levar a modificações gerais nas propriedades ópticas das nuvens e nos processos de formação de precipitação (Ramanathan et al 2001, Kaufman et al 2002). Relativamente aos demais componentes do sistema climático relevantes para as mudanças em curso no clima, admite-se que a margem de erro associada às estimativas nas contribuições dos aerossóis ainda é elevada, particularmente no que diz respeito ao chamado “efeito indireto”, ou seja, alterações em propriedades de nuvens induzidas por partículas de aerossóis. Pretendemos abordar a questão dos aerossóis e da microfísica de nuvens com destaque para dados coletados em diversas campanhas do LBA (Large-Scale BiosphereAtmosphere Experiment in Amazonia) e em simulações para a Amazônia, discutindo os resultados científicos desse programa para um melhor entendimento científico do tema. Enfatizaremos, neste momento, a microfísica na fase quente, deixando a modelagem da fase de gelo para outra oportunidade
Talk to us
Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have
Disclaimer: All third-party content on this website/platform is and will remain the property of their respective owners and is provided on "as is" basis without any warranties, express or implied. Use of third-party content does not indicate any affiliation, sponsorship with or endorsement by them. Any references to third-party content is to identify the corresponding services and shall be considered fair use under The CopyrightLaw.