Abstract

As atitudes disfuncionais face à maternidade têm sido apontadas como um fator de risco para a depressão pós-parto. O objetivo deste estudo foi adaptar a Escala de Atitudes Face à Maternidade (EAM), que avalia as atitudes disfuncionais face à maternidade, para a população portuguesa, e avaliar as suas qualidades psicométricas. Para tal, utilizou-se uma amostra de 387 mulheres no período pós-parto, que responderam, num estudo transversal, à EAM e a outros questionários de autorresposta. A análise fatorial confirmatória revelou como mais adequado um modelo tridimensional, semelhante à estrutura original do instrumento: Crenças Relacionadas com o Julgamento dos Outros, Crenças Relacionadas com a Responsabilidade Materna e Crenças Relacionadas com a Idealização do Papel Materno. Além disso, a EAM associou-se de forma significativa à sintomatologia depressiva e aos pensamentos automáticos negativos gerais e no pós-parto, mostrando a sua validade convergente, e apresentou boa consistência interna para a pontuação total e para as suas dimensões, à exceção da dimensão Crenças Relacionadas com a Responsabilidade Materna.De forma geral, a versão portuguesa da EAM apresentou bons níveis de fidelidade e validade, pelo que constitui um instrumento útil na avaliação das atitudes disfuncionais face à maternidade.

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