Abstract

Este artigo se propõe discutir a atitude fatalista diante do acidente de trabalho e da morte. Toma como suporte empírico a representação que trabalhadores acidentados na construção civil constroem acerca daqueles eventos. Parte de um conjunto de entrevistas com seis trabalhadores que se encontravam afastados do trabalho por invalidez decorrente do acidente. A análise realizada busca mostrar que os indivíduos tendem a construir explicações e justificativas a partir de uma perspectiva fatalista de modo a poderem aceitar e conviver com o medo do acidente e da morte ou com a dor da perda. Argumenta também que a atitude fatalista, não pode se modificar apenas com a tomada de consciência, por parte dos trabalhadores, de que acidentes e mortes no trabalho estão relacionados a condições precárias de trabalho. Para modificarem suas atitudes, seria necessário, também, que experimentassem novas condições de vida e trabalho, podendo, assim, construir uma nova concepção de mundo e de vida.

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