Abstract

O presente artigo teve como objetivo analisar o acesso lexical em afásicos e controles. Os dados foram obtidos através de um Teste de Nomeação de figuras (SNODGRASS e VANDERWARTS, 1980). Os pressupostos dos Modelos baseados no Uso foram adotados na análise dos dados no que diz respeito à organização do léxico em redes baseadas em similaridades sonoras e semânticas entre os itens lexicais (BYBEE, 1995, 2010), assumindo-se que as falhas no acesso lexical podem ser explicadas pelo modelo de redes. Também se adotou a hipótese da continuidade entre população típica e atípica no acesso lexical (DELL et al., 1997). Os resultados demonstraram que afásicos e controles diferem quantitativamente, mas não qualitativamente, em relação aos tipos de respostas das nomeações. Também ficou demonstrada a importância das variáveis idade de aquisição e familiaridade dos itens lexicais para os dois grupos estudados e da frequência de ocorrência do item lexical somente para os afásicos nodesempenho na tarefa de nomeação.

Highlights

  • Exceto onde especificado diferentemente, a matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional

  • Os estudos sobre acesso lexical no português brasileiro são poucos, seja com população típica, ou seja, com desenvolvimento dentro dos padrões esperados para sua comunidade de fala e sem alterações decorrentes de comprometimento cerebral ou de outra natureza (FRANÇA et al, 2008; Alves, 2010; Medeiros et al, 2014), seja em afásicos (Lima, 2010; Feiden, 2014), isto é, que apresentam comprometimento linguístico em função de lesão no cérebro

  • Essas manifestações têm sido classificadas sob os seguintes rótulos: a) anomia: falha na nomeação; ecolalia: repetição de parte da fala do outro; (c) agramatismo: falhas na relação gramatical da organização frasal; (d) jargão: fala incompreensível; (e) perseveração: repetição de uma palavra, geralmente a última a ser produzida; (f) confabulação: fala interior com perda de foco; (g) estereotipia: repetição de uma palavra, expressão ou segmento fonológico; (h) digressão: fala emendada perdendo o foco, entre outras

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Summary

Lexical access in aphasia

Resumo: O presente artigo teve como objetivo analisar o acesso lexical em afásicos e controles. Os pressupostos dos Modelos baseados no Uso foram adotados na análise dos dados no que diz respeito à organização do léxico em redes baseadas em similaridades sonoras e semânticas entre os itens lexicais (BYBEE, 1995, 2010), assumindo-se que as falhas no acesso lexical podem ser explicadas pelo modelo de redes. Também se adotou a hipótese da continuidade entre população típica e atípica no acesso lexical (DELL et al, 1997). Também ficou demonstrada a importância das variáveis idade de aquisição e familiaridade dos itens lexicais para os dois grupos estudados e da frequência de ocorrência do item lexical somente para os afásicos no desempenho na tarefa de nomeação. Palavras-chave: Afasia; Acesso lexical; Anomia, Modelos baseados no Uso

Outras respostas
Muito Cedo Cedo Tardia Muito Tarde Total
Menos familiar Mais familiar Total
Findings
Muito Pouco Pouco Frequente Frequente Muito Frequente Total
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