Abstract

O objetivo deste artigo é quantificar e analisar os determinantes do crescimento populacional desigual dos municípios da Região Norte do Brasil, de 1980 a 2000, fundamentado na Nova Geografia Econômica (NGE). Utiliza-se como variável explicativa um índice de potencial de mercado desenvolvido para a Amazônia, o qual substitui a equação dos salários da NGE. As equações são estimadas aplicando o método de econometria espacial. Constatou-se que os municípios mais pobres da Região Norte têm no fator isolamento geográfico um dos determinantes da sua condição econômica. As dificuldades de acesso impedem esses municípios de escoar sua produção, basicamente oriunda da agropecuária, aos mercados potenciais. Confirmou-se também que houve redução nos custos de transportes, que culminou na melhoria da acessibilidade e na formação das aglomerações populacionais.

Highlights

  • Based on the New Economic Geography (NEG), this paper aims to quantify and analyze the determinants of the unequal growth population of municipalities in the Northern Region of Brazil from 1980 to 2000

  • De acordo com os resultados contidos na Tabela 1, para cada aumento de 1% da importância dos empregos gerados nas zonas urbanas, haverá redução da taxa de crescimento da população rural em 0,24%

  • Tabela A.2_Estimação da equação (5) para o crescimento da população rural com defasagem espacial e apenas com variáveis estatisticamente significativas

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Summary

Dijr Vr

Em que Dijr é a distância do município i ao município j pelo modal rodoviário r; Dijr é a distância de i a j pelo modal fluvial f; Vr e Vrf são as velocidades médias dos modais rodoviário e fluvial, respectivamente; θ é o tempo de transferência de um modal para outro. Para testar o impacto dos efeitos de vizinhança e melhorar o entendimento da dinâmica espacial do crescimento da população, que não são captados pelos métodos tradicionais de econometria, será incorporada à equação (4) a matriz de pesos espaciais, Ω. 4_Resultados das regressões estimadas Os testes estatísticos indicaram a presença de autocorrelação espacial e heterogeneidade espacial nas estimativas da equação (4) tanto para o crescimento da população rural quanto da urbana (ver Tabela A.1 no Anexo). Visto que o método com a defasagem espacial é o mais adequado para corrigir as imperfeições do modelo já discutidas, a seguir (Tabela 1) são apresentados os resultados com os devidos ajustes para o crescimento da população rural. A Tabela 2 apresenta esses resultados, e, tal como ocorreu na regressão para explicar as taxas de crescimento da população rural, as variáveis de primeira natureza não se mostraram estatisticamente significativas.

Desvio padrão z valor Probabilidade
Salário Urbano
Referências bibliográficas
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