Abstract
Articulando-se à ideia de Boaventura de Sousa Santos de que o pensamento moderno ocidental é abissal, exploramos o funcionamento dessas “abissalidades”, as quais hierarquizam e invisibilizam saberes e práticas, e que operam a transmutação da antiga dominação colonial (ou colonialismo) em colonialidade, no sistema das artes visuais. Identificamos, então, assim como na “colonialidade do saber”, estes mesmos dispositivos: as divisões na realidade da produção artística sob uma perspectiva abissal.Palavras-chave: artes visuais, pensamento abissal, colonialidade
Highlights
By articulating Boaventura de Sousa Santos’ notion that the Western modern thinking is an abyssal thinking, we examine the functioning of such “abyssalities”, which hierarchize and turn knowledge and practices invisible, as well as operate the transmutation of old colonial domination (or colonialism) into coloniality in the visual arts system
Estudando o mercado de artes visuais mundial, identificamos o funcionamento articulado de um sistema que conta com grandes instituições promotoras, galerias, revistas, coleções, eventos de variadas escalas, e constamos que sua organização, de maneira geral, parecia seguir uma escala geográfica, onde os artistas que acompanhávamos (todos “regionais”), para conseguirem autonomia e legitimação em âmbito estadual, teriam que “conquistar” Cuiabá; em âmbito regional, Brasília; em nível nacional Rio de Janeiro e São Paulo; em nível mundial, Nova York e Paris
Summary
Articulando-se à ideia de Boaventura de Sousa Santos de que o pensamento moderno ocidental é abissal, exploramos o funcionamento dessas “abissalidades”, as quais hierarquizam e invisibilizam saberes e práticas, e que operam a transmutação da antiga dominação colonial (ou colonialismo) em colonialidade, no sistema das artes visuais. Identificamos, então, assim como na “colonialidade do saber”, estes mesmos dispositivos: as divisões na realidade da produção artística sob uma perspectiva abissal
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