Abstract
Este trabalho objetiva realizar uma reflexão sobre as interrelações entre a literatura de massa, em especial, os romances sentimentais e os valores morais e éticos estabelecidos pela ditadura militar no Brasil, durante o regime de exceção de 1964. A pesquisa parte do pressuposto de que a leitura é uma prática social, historicamente situada, que tanto constrói novas representações sobre o social como repercute visões consolidadas pela ordem dominante. Este é o caso dos romances sentimentais de Corin Tellado que, vendidos a preços populares, em meados dos anos 1960, em bancas de revista, foram uma grande aposta do regime na repercussão de certos valores, que na óptica das classes dirigentes, eram considerados condizentes com a nova ordem social.
Highlights
Na atualidade, uma das grandes questões que movem os estudos sobre a comunicação mediada tecnologicamente diz respeito ao desvendamento de suas relações com períodos históricos claramente importantes para a política brasileira
This essay has the intention to make a reflection on the mass literature, in special, the sentimental romances and the moral and ethical values established by the military dictatorship in Brazil, during the regimen of exception of 1964
The research is based on the idea that the reading is a social practical, historically situated that as much constructs new representations on the social as reverberates perspectives consolidated for the dominant order. This is the case of the sentimental romances of Corin Tellado, that sold in popular prices, in middle of years 1960, at magazine board, had been a great bets of the regimen in the repercussion of certain values, that in the optics of the leading classrooms, were considered correct with the new social order
Summary
Uma das grandes questões que movem os estudos sobre a comunicação mediada tecnologicamente diz respeito ao desvendamento de suas relações com períodos históricos claramente importantes para a política brasileira. Este é o caso dos romances sentimentais de Corin Tellado que, vendidos a preços populares, em meados dos anos 1960, em bancas de revista, foram uma grande aposta do Regime na repercussão de certos valores, que na óptica das classes dirigentes, eram considerados condizentes com a nova ordem social.
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