Abstract

This paper aims to understand memory operations made by Brasil Paralelo (Parallel Brazil) to construct a positive imaginary of Brazilian military dictatorship (1964-1985) as a strategy in nowadays politics. Brasil Paralelo is an independent media, in their own words. It was created in 2016, the year President Dilma Rousseff was impeached. According to their creators, Brasil Paralelo is not an enterprise or an NGO. It does not accept public money and it’s sustained by people’s donation. On March 31, the documentary “1964, o Brasil entre armas e livros” (“1964, Brazil among guns and books”) was realesed, exactly in the military coup anniversary. This paper is going to analyze it, aiming to understand the role of right-wing audiovisual productions in the disputes of Brazilian memory concerning the military dictatorship.

Highlights

  • This paper aims to understand memory operations made by Brasil Paralelo (Parallel Brazil) to construct a positive imaginary of Brazilian military dictatorship (1964-1985) as a strategy in nowadays politics

  • É assim que articulam a memória de um passado traumático ao presente em que a visão de mundo retrógrada conquista adeptos para a “disputa de narrativas” – termo tão caro à esquerda e à academia, sequestrado em nome da verdade única da “nova” direita brasileira

  • Antropologia das sociedades complexas, Rio de Janeiro: Jorge Zahar

Read more

Summary

Uma produtora independente?

Esse é o porquê de o Brasil Paralelo existir. As nossas produções já levaram informação para mais de 20 milhões de brasileiros, que agora carregam um pouco mais de Brasil dentro de si. Afirmar-se como um grupo que não aceita dinheiro público é fundamental para a defesa ideológica feita pelo Brasil Paralelo. Embora não se possa provar a existência de outros financiamentos (mas vale lembrar que os sócios do Brasil Paralelo negam veementemente o uso de dinheiro público, mas nada falam sobre dinheiro de empresas), é possível vislumbrar a existência de relações políticas entre eles e think tanks formados e sustentados pelo capital nacional e internacional. Parte dos entrevistados também são intelectuais com formação acadêmica, apesar do menosprezo da nova direita, em geral, pelas universidades. Muitos dos especialistas ouvidos por “1964” não tem formação pós-universitária, define-se como pesquisador freelancer ou autodidata, autor de livros e ministrante de cursos de instituições da direita e sequer possuem dados (ou os possuem de forma escassa) na Plataforma Lattes, principal site que reúne informações de pesquisadores brasileiros. Um cruzamento de referências que mostra de que lado da História está a narrativa de “1964, o Brasil entre armas e livros”

Considerações finais
Notas Finais
Referências bibliográficas
Full Text
Paper version not known

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call