Abstract

Este artigo visa a analisar a trajetória da Ucrânia independente entre os anos de 1991 e 2013, a partir de uma análise histórica e geopolítica com base em revisão da literatura. Primeiramente, serão examinados os fundamentos teóricos da geopolítica norte-americana, o fim da União Soviética e o processo de independência da Ucrânia. O objeto central do artigo é a disputa por influência na Ucrânia, devido à sua importância geopolítica na Eurásia, que vem ocorrendo desde o fim da Guerra Fria: por um lado, a expansão da influência dos Estados Unidos para o espaço pós-soviético desde o fim da URSS através da OTAN e das Revoluções Coloridas, como a Revolução Laranja na Ucrânia; por outro, o ressurgimento da Rússia como potência regional a partir do início do século XXI, voltando a ter capacidade de projetar influência no seu entorno. Isso se deu por meio da dependência energética europeia, em relação à qual a Ucrânia tem um papel fundamental, e da guerra, no caso da Geórgia, em 2008. Tal disputa externa por influência acirrou a divisão interna existente no país, cujas regiões leste e sul têm uma relação mais próxima coma Rússia, enquanto o oeste é mais ligado à Europa, e culminou na crise deflagrada em 2013.

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